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público não deve permanecer nos meios tradicionais de difusão do sinal, ou seja: se há umconjunto de cidadãos que procura a rádio, ou pedaços de rádio, ou programas de rádio,através da internet, o serviço público tem que ter uma oferta nessa matéria para essaspessoas e para essas necessidades. Eu creio aliás que a empresa <strong>RTP</strong> em Portugal – maisaté do que os governos dos últimos anos, mais até do que, porventura, as administraçõesdos últimos anos – a empresa soube responder a isso. Eu creio que há <strong>aqui</strong> uma resposta daempresa no sentido das novas tecnologias, do site da internet ter uma componente “apedido”, quer para programas de televisão, quer para programas de rádio, e tudo isso pensoque foi mais do que por estratégia do poder político ou da administração, foi ofertaproporcionada pelos departamentos da empresa, que respondem a isso. E parece-me muitobem, isso. Ou seja: eu creio que o ouvinte, cada vez mais, não é apenas o ouvinte que liga orádio e ouve o que estiver a dar, é o ouvinte que sabe que no saite da internet da empresaestá certamente o programa que ele não pode ontem ouvir e que pode fazer a audição aqualquer momento, em qualquer altura, o acesso aos arquivos – e também outro tipo decanais a pedido que sejam suscitados, com músicas, etc. Ou seja: <strong>aqui</strong> está como os novosserviços, proporcionados pelas novas tecnologias, são uma excelente resposta, se foremproporcionados pelo serviço público, para aquela tese que enforma todo o serviço público,segundo a qual o serviço público deve satisfazer as necessidades de todos, inclusivamentedas minorias mais minoritárias, digamos assim. Ou seja: nós temos a convicção de que osoperadores comerciais, legitimamente, estão à procura da publicidade, estão à procura demaximizar as audiências. O serviço público, obviamente tem que satisfazer as maiorias,mas nunca se poderá esquecer da diversidade de gostos, de origens sociais, de desejos deprogramação que há na sociedade. E a sociedade é muito diversa, e o serviço público nãopode esquecer-se das minorias. E quando falo de minorias estou a falar de gostos, dehábitos, de orientações, de práticas políticas, de camadas sociais, etc.Provedor – Da mesma forma que, ainda hoje, é uma minoria aqueles que o procuram. Oque significa, penso, que o serviço público também não deve descurar os que são – há voltade 65%, diz-se, eram em 2009 – de pessoas que procuram o meio tradicional rádio e quefazem desse meio tradicional a sua escuta, não é?AAC – Claro. O serviço público tem manter-se fiel a esse público, sabendo que o público,ele próprio, está a mudar, acompanhando a inovação tecnológica. E portanto o serviçopúblico tem de estar onde está o público – volto à frase inicial, que é uma frase da UniãoEuropeia de Radiodifusão – e tem que adequar a sua oferta, o seu estilo de programação,aos gostos, sem perder de vista as obrigações de diversidade, de pluralismo, que é suamatriz, digamos, e que legitima a sua existência na Europa desde há várias décadas.Provedor – Uma questão já marginal à nossa conversa: se calhar como consequênciadestas novas plataformas o que aconteceu foi que a direcção de programas, o programador,ao fim e ao cabo fez com que as pessoas, os ouvintes, se envolvessem nas redes sociais, oque faz com que (já se queixavam disso os meus antecessores) o público, muito público, ou158

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