contemporâneo de duas administrações, e a primeira administração foimuito… Deve-lhe ser feita essa homenagem porque ela, concordando ounão com a existência do Provedor do Ouvinte, ela teve a grandeza de criarcondições para que tudo corresse da forma melhor. Condiçõesinstitucionais a que já se referiu o Adelino e que nos permitiram, e ele e amim, falo por mim, essa missão dificílima que a é de questionar, a depensar, de nos dobrarmos sobre nós próprios, sobre a nossa profissão, ede alguma maneira atender a tudo que há de contraditório nela. Muitasvezes estamos muito sozinhos, muito embora apoiados por amigos e porgrandes profissionais, e também, no meu caso, beneficiando daexperiência secular do Professor Paquete Oliveira…AG – Associo-me.JNM – …que tão generosamente me ajudou com a sua capacidade teórica etambém de raciocínio. Ele é um homem que pensa bem, e portanto foi-memuito conveniente ter um colega como ele. Também trocamos muitas vezesimpressões acerca do trabalho dele e das questões que se levantavam.Mas, para não me alongar muito, queria dizer que tenho dificuldade, houvemomentos de muita tensão, sobretudo com aqueles que se relacionavamcom casos muito concretos, em que os ouvintes se sentiam muitas vezesofendidos. Lembro-me um episódio que dá um pouco ideia disso, e só refiroesse. Foi um longo período que houve obras difíceis, obras de construçãocivil muito difíceis <strong>aqui</strong> no edifício. O edifício enfim apresentava soluçõesque, de um momento para o outro se revelaram de difícil manutenção, eteve que ter obras. E quando há obras de construção civil há ruídos, e asemissões da rádio trabalhavam com batidas, com brocas pneumáticas, commartelos, fosse o que fosse. E os ouvintes – mesmo os ouvintes de rádiosmais libertas de questões estéticas, como é o caso da Antena 3, porexemplo, ou RDP África – queixavam-se das marteladas. Bom, isso foi… Sóisso gerou uma tensão tal que deu aliás páginas de jornal. Na altura, oProvedor era, se calhar culpa minha, mas era tema de jornais: quandohavia qualquer coisa, os jornais vinham, descobriam, ou ouviam, não sei.Pronto, <strong>aqui</strong>lo saltou para páginas de jornais e ainda amplificou mais <strong>aqui</strong>loque devia ser tratado no sossego, e levou a uma crispação – minhatambém, hoje reconheço que não foi fácil de gerir para mim mesmo – masfui ali sujeito a momentos de indelicadeza até que não são justos, e que nãotem que coibir e condicionar uma pessoa que desempenha as funções quetu vais desempenhar.Locução – José Nuno Martins, à conversa com o Provedor do Ouvinte.62
Locução – Na próxima semana, Adelino Gomes e José Nuno Martinspartilham com o Provedor Mário Figueiredo as suas reflexões sobre o que ée o que deve ser o Serviço Público de Radiodifusão.63
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AG - escreviam e tinham logo um cor
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Prof. P.C. - É muito mais cómodo
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Prof. P.C. - Se é o que é preferi
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portanto a Internet tem aqui um pap
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Transcrição integral da Entrevist
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existência. Poderá ter depois…
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algum público ouvinte não necessi