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pedido, à Academia, aos Docentes de Comunicação Social, Ciências da Comunicação, àsEscolas Superiores de Educação, etc. para se constituírem como mini-observatórios derádio, preferencialmente do serviço público de radiodifusão. Pergunto-lhe se acha que tereiresposta a este apelo…Prof. P.C. – Da minha parte há, total e absoluta. Dos outros, não sei. Porque…PO – E vantagens? Em Academia ter este olhar privilegiado?Prof. P.C. – Eu acho que existem todas as vantagens. Primeiro porque… eu acho que háuma falha muito grande no nosso país na área das Ciências da Comunicação que é, não hárelação entre o meio profissional e o meio académico. Parece que estamos a falar de água evinho, que não se misturam. Isso está errado, porque têm que se misturar, não podem viverde costas voltadas. Há uma ou outra iniciativa, há professores que têm excelentes ligações,mas são casos particulares. E eu penso que a Universidade pode apoiar as Organizações,neste caso, as Estações de Rádio, os Jornais e a Televisão, da mesma forma que os Meios,como objecto de estudo, acabam por beneficiar com as nossas conclusões, porque podemmelhorar, ou seja, acabam por ter estudos de forma gratuita, no fundo, estudos que lhesfazem falta, muitas vezes. Mas não há essa visão estratégica, nem por parte dasUniversidades, nem por parte dos vários Operadores e de quem está á frente dessesOperadores, que entende que as Universidades quando batem à porta, das duas uma, ou épara pedir alguma coisa ou é para oferecer estagiários ou é para chatear, para fazer perdertempo. Eu, pessoalmente, não me posso queixar, tenho excelentes relações na área daRádio, dou-me bem com toda a gente e quando tento, as portas, mesmo que não se abramescancaradas, pelo menos estão entreabertas e tenho tido algumas iniciativas quecomprovam isso. Sobre o resto do país não posso falar.PO – Claro. Só para concluir, aquela, se calhar, utopia de eu dizer que gostava muito que oserviço público se tornasse uma rádio de referência, que todas as outras a tivessem comoreferência, como consequência, que os profissionais fossem os melhores, com a melhorformação e que a admissão fosse a mais cuidadosa. É uma utopia ou tendencialmentedeveremos caminhar para aí?Prof. P.C. – Deveríamos… deveríamos, mas eu acho que é uma utopia. Eu acho que é umautopia porque, no fundo, se nós olharmos para o que é a referência, é um conceito muitodifícil de definir. Prende-se muito com <strong>aqui</strong>lo que é a qualidade, não é? Um Jornal dereferência, uma Rádio de referência…PO – As boas práticas…Prof. P.C. – Tem boas práticas, tem qualidade, mas o que é isso da qualidade?PO – É o que é preferido pelo público e cumpre com <strong>aqui</strong>lo que lhe está consignado…142

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