2º. Programa(Entrevista com José Nuno Martins (JNM) e AdelinoGomes (AG) – 1ª parte - Balanço dos mandatos dos anterioresprovedores)Locução – O Provedor do Ouvinte – Mário Figueiredo - inicia hoje umaconversa com os seus antecessores no cargo. Hoje na 1ª. parte desseencontro, José Nuno Martins e Adelino Gomes partilham com o atualProvedor as memórias dos seus mandatos enquanto provedores do ServiçoPúblico de Rádio.Locução – Profissional de referência da rádio portuguesa há mais de quatrodécadas, José Nuno Martins foi o primeiro Provedor do Ouvinte, cargo quedesempenhou entre 2006 e 2008. Foi ele que, juntamente com o Provedordo Telespectador, Paquete de Oliveira, elaborou o “estatuto dosprovedores” que estabelece as balizas operacionais das competênciasatribuídas por lei aos provedores do Ouvinte e do Telespectador.Locução – Adelino Gomes, provedor do Ouvinte entre o Verão de 2008 e opassado mês de Julho, é um dos mais conhecidos e respeitados jornalistasportugueses. Deixou a sua marca na Televisão e na Imprensa escrita, masfoi na Rádio que se formou como repórter.MF – Em nome do ouvinte e em meu nome pessoal, eu queria agradecer avossa disponibilidade para esta conversa. O que foi mais gratificante paraos vossos mandatos?JNM – Gratificante foi começar do zero, foi ajudarmo-nos, os profissionaisque integravam o gabinete, a montar o gabinete, a fazer um orçamento, apredefinir uma estrutura, que mais ou menos foi depois posta… Aquelesprimeiros três meses de trabalho nos bastidores, um trabalho surdo, quenão se ouviu, foram exaltantes porque não tínhamos certezas, o ProfessorPaquete de Oliveira e eu próprio, tínhamos dúvidas, metodológicas até,também, mas foi exaltante, isso foi um trabalho extraordinário. Depois foi aadesão do público à ideia. Como que… As pessoas parece que estavam àespera de ter a oportunidade de se manifestar, estavam descontentes como facto de haver muitos profissionais que não respondiam às suasmensagens, e encontraram ali uma via de saída. Foi impressionante aadesão que, de início, aconteceu. Depois a pouco e pouco foi-seesbatendo... Mas de facto os primeiros tempos foram exaltantes,absolutamente deslumbrantes, até. Foi o desconhecimento que eu próprio58
tinha em relação a naturezas de questões e inquietações, mas também olado organizativo, de todo o se pôr de pé o sistema.AG – No meu caso, talvez até pelo histórico da nossa geração que começouna profissão ainda antes do 25 de Abril, e portanto conheceu a censurainstitucionalizada, etc., o que foi mais interessante para mim foi estar aexercer uma função em cujo exercício não dependia de nenhumconstrangimento – para além dos naturais, operacionais, etc. – masnenhum constrangimento superior. Isto é, o poder ser Provedor de umarádio pública, sabendo que tinha toda independência institucional, e queportanto se eu falhasse o falhanço era meu, não podia…MF – Uma grande responsabilidade, também.AG – É um desafio muito interessante. Não podia estar a dizer “foi aadministração que tentou interferir, foi o diretor que não sei quê”..Realmente, o Provedor, na arquitetura institucional e legal que existe emPortugal, e que nasceu na Assembleia da República, o Provedor estáentregue a si próprio. Para mim isto é muito importante porque eu, poucosdias antes de ter substituído o José Nuno Martins, tinha lido uma dascrónicas do Provedor do Washington Post em que ele fazia o elogio docargo, mas depois dizia que só o Provedor do Washington Post eprovavelmente também do New York Times é que podem dizer que sãoverdadeiramente independentes, o resto não é assim. E eu pensei assim:não, o Provedor da RDP também é independente, e portanto tem tambémessa enorme responsabilidade. E para mim esse foi o grande desafio, quefoi um desafio também, vou repetir a palavra que o José Nuno <strong>aqui</strong> utilizou,foi exaltante nesse sentido.Locução – Adelino Gomes, à conversa com o novo Provedor do Ouvinte,Mário Figueiredo.MF – Eu quase que me atrevia a perguntar-vos também o outro lado, o maisdesagradável. Mas se calhar pela tua resposta, Adelino, estaresponsabilidade que referiste foi para o melhor e para o pior. Ou não?AG – Não, não. Foi para o melhor, o resto é o desafio, não chamo a isso pior.Quer dizer, o facto é assim: é eu saber que desse ponto de vista eu tenhoque, eu não posso inventar quaisquer álibis, e portanto eu tenho que serresponsável perante os ouvintes, que querem respostas às questões quelevantam, perante os profissionais, que querem ser tratados também comisenção, e perante mim próprio e minha profissão, e os valores que eu59
- Page 1 and 2:
RELATÓRIO INTERCALARPROVEDOR DO OU
- Page 3 and 4:
ApresentaçãoNos termos da alínea
- Page 5 and 6:
Em capítulo próprio, falarei do G
- Page 7 and 8: I - As Relações do ProvedorOS OUV
- Page 9 and 10: AS ESTRUTURAS DIRETIVASNo que diz r
- Page 11 and 12: CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃODe facto
- Page 13 and 14: diretiva. Ainda que seja óbvio o e
- Page 15: de 2010, lei das incompatibilidades
- Page 19 and 20: azões referidas, ainda não faz) e
- Page 21 and 22: Hoje, a Rádio Pública (RDP? Uma d
- Page 23 and 24: O pretexto de aproveitamento de sin
- Page 25 and 26: IV - Em Nome do Ouvinte- O Programa
- Page 27 and 28: V - Análise das Mensagens dosOuvin
- Page 29 and 30: Mensagens recebidas 2006-2010138798
- Page 31 and 32: A distribuição mensal das mensage
- Page 33 and 34: Antena 1 - Distribuição e tendên
- Page 35 and 36: Antena 2O dado mais relevante que p
- Page 37 and 38: eferiram à orientação geral da e
- Page 39 and 40: A Hora do Sexo, Bons Rapazes, Conve
- Page 41 and 42: Sobre os espaços específicos de p
- Page 43 and 44: Tal como escreveu o anterior Proved
- Page 45 and 46: Breve análise sociográficaO volum
- Page 47 and 48: Níveis de escolaridade5%7%Ensino b
- Page 49 and 50: CONCLUSÃOA minha primeira conclus
- Page 51 and 52: ANEXOS51
- Page 53 and 54: meus dois antecessores. Ainda que,
- Page 55 and 56: Locução - Por lhe parecer oportun
- Page 57: MF - Honra-me ter sido escolhido, e
- Page 61 and 62: fragmentadas porque nós também ca
- Page 63 and 64: Locução - Na próxima semana, Ade
- Page 65 and 66: serve de nada, e então fica carís
- Page 67 and 68: do meu mandato, até por pressão d
- Page 69 and 70: sempre ao dos ouvintes… Digo isto
- Page 71 and 72: AG - Bem, eu acho que esse é no fu
- Page 73 and 74: JNM - Sem dúvida.MF - José Nuno M
- Page 75 and 76: do correio tradicional, pretendo me
- Page 77 and 78: longo dos anos, que cometeram muito
- Page 79 and 80: coisas que permanecem, porque elas
- Page 81 and 82: JNM - …a rádio e a rádio públi
- Page 83 and 84: naturalmente aqui a circunscrever-m
- Page 85 and 86: 10º. Programa - (Sinopse) O Proved
- Page 87 and 88: Locução - Fernando Tordo foi tamb
- Page 89 and 90: gosto de uma coisa animada enquanto
- Page 91 and 92: 13º. Programa - O Provedor, neste
- Page 93 and 94: Locução - Mas Recordemos ainda ma
- Page 95 and 96: E não se ficaram por aqui: Também
- Page 97 and 98: 15º. Programa - O Provedor regress
- Page 99 and 100: os programas. Portanto eu considero
- Page 101 and 102: nesse momento quem tem essa janela
- Page 103 and 104: 16º. Programarama - O Provedor, re
- Page 105 and 106: [rm noticiários]Vítor Alves foi j
- Page 107 and 108: 17º. Programa - O Provedor decide
- Page 109 and 110:
18º. Programa - O Provedor, dando
- Page 111 and 112:
19º. Programa - Mário Figueiredo
- Page 113 and 114:
RM - Rui Vieira Nery e a programaç
- Page 115 and 116:
RM - (R. Santos) - “Eu não ouço
- Page 117 and 118:
Locução - Seria um formato mais a
- Page 119 and 120:
119
- Page 121 and 122:
sabendo que tinha toda independênc
- Page 123 and 124:
nalguns momentos de risco mesmo, em
- Page 125 and 126:
não apenas uma, de rádio nos devi
- Page 127 and 128:
quero deixar de dizer, se tiver que
- Page 129 and 130:
Antena 1, nas outras estações ouv
- Page 131 and 132:
AG - escreviam e tinham logo um cor
- Page 133 and 134:
cidadãos que somos também, não d
- Page 135 and 136:
Marginal estava a fazer o programa
- Page 137 and 138:
Prof. P.C. - É muito mais cómodo
- Page 139 and 140:
concessão, vamos ver… cumpre ou
- Page 141 and 142:
acoco, quer dizer, isto é estéril
- Page 143 and 144:
Prof. P.C. - Se é o que é preferi
- Page 145 and 146:
PO - Da RDP…P.R.S. - E nessa altu
- Page 147 and 148:
P.R.S. - Sim.. de todo o modo, o se
- Page 149 and 150:
haver um enquadramento. Portanto, o
- Page 151 and 152:
PO - Agravado depois aquando do dou
- Page 153 and 154:
portanto a Internet tem aqui um pap
- Page 155 and 156:
Transcrição integral da Entrevist
- Page 157 and 158:
existência. Poderá ter depois…
- Page 159:
algum público ouvinte não necessi