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Marginal estava a fazer o programa da manhã, portanto acabei por sair… por questões umbocado parvas da juventude, porque já estava licenciada, queria experimentar outras coisas,pagavam-me mal e depois contratavam outras pessoas a pagar-lhes bem, o projecto,entretanto mudou, porque surge a Rádio Comercial/Rádio Rock, a Marginal não podiacontinuar como rádio rock, passou a ser uma rádio tão alternativa que ninguém conseguiaentender o que era <strong>aqui</strong>lo e portanto houve ali uma fase também de grande desilusão, aequipa desmembrou-se, foi muito confuso… e eu fui experimentar outras coisas, passeipara a área concorrente, passei para a área de Marketing, fui para Relações Públicas daEuropa América, aquela coisa antiquíssima… como calcula… «senti-me lá muito bem,adorei… ahahah» e ao fim de uns meses estava fora porque <strong>aqui</strong>lo não tinha nada a vercomigo, pelo meio tinha colaborado com algumas editoras de música, a fazer algumascoisas, enfim, tive sempre ligada à música e à rádio e depois decidi experimentar o outrolado que também me agradava e que era o Ensino, porque tinha ajudado a orientarestagiários na Marginal e tinha percebido que gostava de ensinar as pessoas e experimentei,comecei numa Escola Secundária, fiz logo uma revolução, criei logo uma Rádio-Escola,que ainda hoje existe… e daí passei para a Universidade, convidaram-me para ir para aUniversidade do Algarve e experimentei… foi óptimo, mais uma vez, como em tudo naminha vida, foi a rádio que me abriu as portas, era por ter experiência de rádio, foi por issoque me aceitaram, fiquei a ensinar Jornalismo Radiofónico, Teoria da Rádio e portanto, daíem diante, foi uma evolução natural. Eu, na altura, já estava a fazer o Mestrado, andei umano a pensar no que é que iria fazer para tese, o que é que eu vou fazer, o que é que eu voufazer… queria fazer assim alguma coisa…PO – Ainda no Mestrado ou já de Doutoramento…?P.C. – Não… de Mestrado. Andei a pensar assim numa coisa altamente filosófica e tal…porque eu estava na Nova, uma coisa muito filosófica… o que é que eu hei-de fazer, o queé que eu hei-de fazer… até que de repente enfim caí em mim, mas porque é que eu não façosobre rádio, pois se é isso que eu gosto, se é isso que eu sei? Portanto, foi muito fácil apartir daí, as coisas decorreram com a maior das naturalidades, porque eu estava em casa ecomo tal foi mais fácil.PO – E o Doutoramento?P.C. – O Doutoramento surgiu também naturalmente, ou seja, no dia em que eu acabei atese, que eu defendi a tese do Mestrado, fui à secretaria buscar o certificado, entregar aspapeladas e buscar outras papeladas que eram precisas… «então agora vai para odoutoramento…», com aqueles sorrisos típicos… «não, agora não… calma… bolas, acabeiagora… não consigo, isto é demais…», «mas olhe se fosse a si não perdia muito tempo, éque as propinas vão aumentar…», na altura eram 80 contos e iam passar a ser 800 contos…é tudo uma questão de zeros… «bom… sendo assim, se calhar vou apresentar umprojecto…», «olhe, apresente… apresente o quanto antes, porque isso já está lá em135

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