4º. Programa – Neste programa o Provedor do Ouvinte, MárioFigueiredo, continua a entrevista aos anteriores provedores doouvinte (José Nuno Martins e Adelino Gomes) e responde aosouvintes.Locução – O Provedor do Ouvinte continua hoje a conversa com osanteriores Provedores - José Nuno Martins e Adelino Gomes. Nesteprograma estará principalmente em foco: a missão do Provedor do serviçopúblico de radiodifusão e as possíveis e as desejáveis formas de contactodos Ouvintes com o Provedor.Locução - Nos programas anteriores, Mário Figueiredo conversou com osseus antecessores sobre a experiência de ambos no desempenho do cargode Provedor do Ouvinte.RM – (excertos selecionados do primeiro programa)Locução - E, na semana passada, uma reflexão sobre o que é e o que deveser o serviço público de rádio.RM – (idem, do 2º. programa)Locução – Hoje, o Provedor Mário Figueiredo quis saber o que pensamNuno Martins e Adelino Gomes sobre questões concretas da rádio pública.MF – Preciso, vou continuar a precisar muito de nos encontrarmos, se nãojá publicamente, mas em privado…JNM – Eu só te trago problemas….MF – …para me aconselhar, e para aprender convosco. Mas se calharconcluía esta nossa conversa falando desta função que eu agora exerço,depois do José Nuno e do Adelino Gomes. Se os ouvintes deixarem deutilizar o Provedor como mediador, eu acho (e suponho que estamos todosde acordo) que a nossa função não terá muita razão de existir. Mas, comome parece que estamos convencidos de que ela é necessária, pergunto-vosque estratégias, se é que existe alguma estratégia, para estimular osouvintes, eventualmente grupos de ouvintes a constituírem-se comoouvintes privilegiados para nos fazerem chegar, fazerem chegar aoProvedor, as suas críticas, as suas sugestões, ou até o enunciado de boaspráticas no serviço público?70
AG – Bem, eu acho que esse é no fundo o desafio que tu vais ter queresponder. O José Nuno Martins apanhou o fulgor, realmente da novidade –e depois a empatia que ele cria, etc., com os ouvintes ajudou bastante, nãoé? Eu já venho no refluxo disso, e senti… Até reflecti sobre isso no meuúltimo relatório, sentindo que havia uma diminuição no fluxo dasmensagens que poderia significar várias coisas: poderia significar desdelogo que a comunicação não se estava a estabelecer, entre a rádio e osseus ouvintes, eles não estavam lá. Mas como eu não acreditava nisso, atéporque tinha até outras indicações que estavam lá os mesmos, e atéestavam mais, significava que os ouvintes tinham outras válvulas deescape, estavam a utilizar outros mecanismos. Um deles as novastecnologias, as redes sociais. A RDP, e muito bem no meu ponto de vista, adirecção da RDP apostou nisso, e portanto houve aí um período em quemuitas queixas, irritações, etc., passaram a ser canalizadas por aí. Osouvintes naturalmente iam lá, o que significa...MF – Iam diretamente ao produtor...AG – ... escreviam e tinham logo um coro de vozes a dar acordo ou não daracordo. Havia interatividade. Ora eu senti que cometi, digamos, que fui oldfashionednesse caso. Quer dizer, já era altura de o Provedor utilizar –como utilizam os provedores da imprensa escrita, por exemplo, utilizam jáas redes sociais. E portanto dar a possibilidade às pessoas, ou ter umblogue em que as pessoas vinham e davam as suas opiniões e etc. Porexemplo, a minha opção foi esta: se, na verdade, a função do Provedor…Por isso mesmo, e muito bem, o Professor Paquete e o José Nuno Martinsdecidiram por exemplo não aceitar telefonemas. E não aceitar telefonemasporque achavam que o telefonema é a primeira arma de que o ouvinte saca,a primeira pistola de que o ouvinte saca quando está irritado com umaasneira. Ora a função do Provedor é um bocadinho mais reflexiva, e porisso mesmo era bom que o ouvinte pensasse três vezes antes de dizer aasneira, porque a asneira não vai acrescentar nada, não é? Portanto, oouvinte faz uma primeira reflexão que vai induzir reflexões em cadeia, doProvedor e dos profissionais. E então enriquecemo-nos todos. Por exemplo– eu há pouco não te disse isso – uma das coisas que mais meentusiasmaram na função foi esse triângulo que se estabeleceu, que erareceber… E que nunca chegava os programas, porque os programas sãoquinze minutos, nunca chegavam aos programas, as pessoas não sabem,mas eu sei e os ouvintes sabem que a quantidade de vezes que eu recebicartas de ouvintes a fazerem reflexões, ou a protestarem contra coisas, eudava-lhes a minha opinião e muitas vezes eu dava a minha opinião ainda71
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Prof. P.C. - Se é o que é preferi
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Transcrição integral da Entrevist
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existência. Poderá ter depois…
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algum público ouvinte não necessi