mais». Mas depois, no final, já mudam um bocadinho porque, obviamente, eles conhecem aRádio, passam a conhecer a Rádio e a perceber que é possível fazer uma imensidão decoisas na rádio, na rádio sonora e isso é extremamente importante.PO – Luís Bonixe, no primeiro programa, eu fiz um pedido aos Académicos Docentes, eaos alunos, para se constituírem em pequenos observatórios de rádio. Acha que essadisponibilidade existe, nomeadamente em Portalegre?LB – Eu julgo que existe toda, não é? Seria de… muito interessante um trabalho desses.Nós, há uns anos atrás, fizemos um estudo de caracterização do sector da Rádio, no distritode Portalegre justamente, não é? Também para estabelecermos um pouco a ponte e aligação com a comunidade, não é? E foi muito interessante, portanto perceber que rádios éque nós temos naquela região, que é uma região muito particular, enfim, do interior do país,enfim, rádios locais, enfim, que têm as dificuldades que têm e portanto foi muitointeressante conhecer. E julgo que esse estudo tendo uma outra amplitude como essa, queestá <strong>aqui</strong> a colocar, teria todo o interesse em participar… eu julgo que… sem querer estar<strong>aqui</strong> a falar institucionalmente, não é? Sem querer estar a falar institucionalmente, eu julgoque haveria todo o interesse em abordar o problema dessa maneira e com essaprofundidade, como é óbvio.PO – Então agora para concluir ao Luis Bonixe para sair da sua zona de conforto, ainformação radiofónica, para pensarmos na Rádio, muito mais no seu todo. Já disse quedesde miúdo a rádio lhe despertava a atenção… inclusivamente, o velho aparelho de rádiodo avô, esta magia de há 30 anos atrás, para si a magia da rádio ainda pode prevalecer e teralgum futuro?LB – Eu sou daqueles que acredita que sim. A magia do som continua lá e por maioria derazão, a magia da própria rádio. Eu julgo que as pessoas vão continuar a ouvir rádio, sósonora, mesmo que seja através do computador, mas vai haver momentos em que nós… vaihaver e continuará a haver momentos em que nós só queremos escutar rádio, sem termosque ser pró-activos na escolha dos conteúdos, como permite a Internet e portanto, desseponto de vista, a magia vai continuar, porque a magia decorre justamente do som e do factode ser um meio exclusivamente sonoro, o facto de nós podermos imaginar o que está para ooutro lado, não é? A Internet retira um pouco isso. Mas eu estou convencido e julgo quequem diz o contrário também está num processo de convencimento, porque ninguém podeprovar nada, como é óbvio, mas eu estou convencido que, em determinados momentos danossa vida, nós continuamos a desejar ouvir… ouvir, só ouvir rádio, não é? Isso éfundamental e portanto a magia vai continuar, eu julgo que a magia vai continuar… poderáe seguramente, com outros contornos, mas ela vai continuar… se calhar também é umpouco a paixão <strong>aqui</strong> a falar, mas eu julgo que sim, que vai continuar.154
Transcrição integral da Entrevista do Provedorao Prof. Dr. Arons de Carvalho (AAC)Provedor – Começamos então, por refletir relativamente ao serviço público deradiodifusão que temos hoje nesta dimensão variada dos sues canais. O que de factodiferencia e deve diferenciar o panorama de serviço público das outras rádios?AAC – Bom, o serviço público deve-se diferenciar das outras estações por váriasqualidades que tem que ter. A começar pela diversidade da programação – tem que atingiruma diversidade de públicos, não apenas o público da audiência, mas todos os nichos depúblico, mesmo os minoritários. Tem que ter uma programação que tenha formação,informação e entretenimento. Tem que ter uma programação independente dos poderes, dopoder político, do poder económico – essa questão tem sobretudo a ver com a informação.Tem que ter qualidade – é evidente que qualidade é uma palavra difícil de definir, mas averdade é que tem que se afirmar como mais valia para o público, para os ouvintes, mesmoquando estamos a falar de entretenimento. E portanto o serviço público de rádio – muitasvezes esquecido porque quando se fala na <strong>RTP</strong>, ou quando se fala em serviço público, aspessoas imediatamente associam à televisão – o serviço público de rádio não é menosimportante, tem aliás uma tradição de muitos anos em Portugal… Tem um sistema definanciamento que é mais fácil porque no serviço público de rádio nunca teve publicidade,é apenas financiado através da contribuição para o audiovisual que as pessoas pagamatravés da tarifa da electricidade, ou através de indemnizações compensatórias, ou sejafundos públicos, através do Orçamento de Estado… O serviço público tem que ter umconjunto de qualidades que o diferenciem da oferta privada. E a sua legitimidade assenta nofacto (tal como aliás acontece com o da televisão) assenta sobretudo no facto de a ofertaque nós temos através de emissores privados não cobre suficientemente todos os… adiversidade de públicos, as exigências de qualidade, as exigências de independência peranteo poder económico, o pluralismo político e social… Os seja: a oferta das operadores derádio e de televisão, sobretudo porque temos ainda, na rádio e na televisão, limites técnicosà implantação de novos operadores, porque se utiliza um bem finito que é o espaçoradioeléctrico por onde se propagam as ondas hertzianas – essa limitação legitima aexistência de uma estação que não fique à espera que as outras estações todas façam,através da sua diversidade, o tal pluralismo externo. Ou seja: o serviço público de rádio temque ter no seu interior, tem que responder no seu interior aos anseios do público na suadiversidade, na sua complexidade.Provedor – Os mecanismos de controlo que o próprio serviço público de radiodifusão, e ode televisão, têm, por si só também já são um garante, não é?AAC – Sim, o serviço público de rádio tem um escrutínio que não tem nenhum outrooperador. A começar pelo Provedor do Ouvinte; depois existe na empresa um Conselho de155
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