5º. Programa – Neste programa o Provedor do Ouvinte, MárioFigueiredo, conclui a entrevista aos anteriores provedores doouvinte (José Nuno Martins e Adelino Gomes) e responde aosouvintes.Locução – Termina hoje uma série de programas em que o atual Provedorconversou com os seus antecessores, José Nuno Martins e Adelino Gomes.No último programa falou-se da missão do Provedor do Serviço Público deRadiodifusão, do seu futuro e das formas possíveis de relacionamento dosouvintes com o Provedor.RM – (sons selecionados do programa anterior)Locução – E também se falou do ‘Lugar ao Sul’…RM - Lugar ao SulLocução – Hoje no ‘Em Nome do Ouvinte’ vamos ouvir falar de Afectos naRádio e da importância, da nobreza, da Voz…AG –Muitas vezes alguns ouvintes, outros amigos, pessoas que encontroocasionalmente que me falam dos tempos em que nós fazíamos jornalismo –nós, estou eu a dizer: a nossa geração – jornalismo radiofónico. E eu,tentando fazer (evidentemente que é sempre muito difícil porque tambémfomos atores, também fui ator desse processo, não é?) mas tentando fazeruma retrospectiva, e até, se fosse possível, com exemplos que deve haveraí muitos – provavelmente não haverá, se calhar, mas é capaz de haver, eutenho alguns em casa – de noticiários antigos, etc., a verdade é esta: nãonos enganemos, o jornalismo radiofónico teve fogachos no passado, tevemomentos extraordinários. É como, até, a história da rádio. Estou <strong>aqui</strong> afalar com o especialista que é o Zé Nuno, e no fundo é assim: à rádio, masque extraordinária falta fazem pessoas como a Maria Leonor, como o ArturAgostinho, como o D. João da Câmara. Quer dizer, nós começamos assim apensar e somos capazes de dizer uma dúzia de nomes. Fazem falta. Sãoestas figuras que fizeram a história da rádio, que lhe deram essa força queainda perdura. As palavras leva-as o vento, e no entanto nós continuamoscom o som. É esse poder tremendo que tem a voz humana, e a voz na rádio.Mas na verdade, tirando essa dúzia de pessoas… Quer dizer: essa dúzia depessoas destacava-se numa imensidão de outros esforçados profissionaisque no entanto deixavam muito a desejar. E houve um grupo de pessoas, ao76
longo dos anos, que cometeram muitos erros. Como nós cometemos hoje.Cometeram muitos erros. E se nós formos fazer um balanço eu estouconvencido que há uma – volto aos mínimos olímpicos – que há hoje, narádio portuguesa toda, nas rádios generalistas… As rádios generalistashoje têm uma qualidade da informação, dos seus noticiários, uma qualidadeda informação que não tinham há 20 anos, que tinham ainda menos há 30anos e há 40 anos. É uma qualidade da informação a que a gente deve tiraro chapéu.JNM – Evidentemente. Estou inteiramente de acordo contigo…AG – Quer dizer, estão lá cumpridos, Zé Nuno, estão lá cumpridas as regrasessenciais...JNM – Agora que estou a folhear os arquivos, então, tenho essa noçãoclaríssima...AG – É preciso dizermos isso para depois sermos exigentes. Quer dizer:evidentemente eu falei naquelas figuras… e também posso falar de algumasfiguras: um António Jorge Branco, um Sena Santos… Os ouvintes que meestão a ouvir já estão agora neste momento com uma lágrima ao canto dosolhos, não é? Porque é evidente que essas são figuras que marcaram – eoutros mais – que marcaram. Mas eles eram realmente a exceção, eleseram os melhores entre nós, eles eram aqueles que fizeram com que arádio se mantivesse viva, ainda hoje, no nosso coração e na nossamemória. Bom. Portanto, talvez hoje o que nós precisávamos para que arádio fosse alguma coisa que vá ficar outra vez… A rádio precisasse talvezde um sopro, que voltassem assim uns Antónios Jorges, uns Senas, umasMarias Leonores, uns Artures Agostinhos deste tempo, estás a perceber?Talvez faltem grandes figuras. Agora, há boas figuras, há bonsprofissionais, e eu achava muito interessante, ouvia muitos noticiário –nomeadamente na Antena 1, nas outras estações ouvia menos – havia umimpulso sempre… e portanto não estou <strong>aqui</strong> a incluir… mas, na Antena 1 eusentia sempre (e lembro-me quando estive <strong>aqui</strong> em 96 e 97), em relação a96 e 97 eu sentia sempre que havia <strong>aqui</strong> essa qualidade mínima que meagradava como ouvinte e como profissional.Locução – Adelino Gomes, à conversa com o Provedor Mário Figueiredo.Locução – Por várias vezes ao longo do seu mandato, José Nuno Martins sereferiu aos afectos como uma componente essencial da linguagemradiofónica.77
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