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IlIARI())A CAMARA »()S» - Câmara dos Deputados

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Abrilde 1998 DIÁRIO DA cÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 9 09643tentado, que prioriza a utilização <strong>dos</strong> recursos naturaisem proveito do homem.Vejamos. por exemplo, o que 'vem ocorrendocom a legislação ambiental imposta: mais de 50% doterritório brasileiro é declarado como área de preservaçãoambiental e tem seu uso econômico proibido.Admitem-se, na Amazônia Legal, apenas atividadesextrativistas, que condicionam baixo padrão de vida,prática completamente inaceitável nos países de PrimeiroMundo.O Brasil está diminuindo o seu território economicamenteutilizável e se submetendo a campanhasinternacionais contra o seu desenvolvimento. Do territórionacional, composto de 8.511.955 quilômetrosquadra<strong>dos</strong>, aproximadamente 4.654.000 de quilômetrosquadra<strong>dos</strong> constituem a Amazônia Legal e suautilização é proibida em aproximadamente 3.327.000de quilômetros quadra<strong>dos</strong> por constituir área de reservalegal - 50% das áreas de cerrado e 80% dasáreas cobertas com florestas. Dos 3.857.855 quilômetrosquadra<strong>dos</strong> restantes do território nacional,20% estão defini<strong>dos</strong> como áreas de reserva legal, oque equivale a 711.591 quilômetros quadra<strong>dos</strong>, semconsiderar as demais formas de 'vegetação consideradasde interesse ecológico como as Áreas de PreservaçãoPermanente, a Mata Atlântica, ReservasIndígenas e os 35 Parques Nacionais existentes ­Chapada <strong>dos</strong> Guimarães, Chapada <strong>dos</strong> Veadeiros,Chapada de Diamantina e tantos outros. 'Somadas todas as áreas onde o uso para atividadeseconômicas é proibido, equivale dizer que aárea inexplorável corresponde a um total de no mínimo4.098.591 quilômetros quadra<strong>dos</strong>, ou 49% detodo o território nacional, não sendo possível admitirque estamos renunciando ao uso de uma extensãode solos que corresponde à área territorial <strong>dos</strong> seguintespaíses da Europa: Portugal, Espanha, França,Alemanha, Itália, Grã-Bretanha, Bélgica, Holanda,Dinamarca, Polônia, República Tcheca, Eslováquia,Hungria, Bulgária, a antiga Iugoslávia, Romê­,nia, Suécia e Noruega.Vejamos, como exemplo, quanto à exploração<strong>dos</strong> cerra<strong>dos</strong> brasileiros. Esses, naturalmente, já sãodegrada<strong>dos</strong> por força do meio ambiente e o homem,por ação do desenvolvimento ecológico, está transformandoesses solos degrada<strong>dos</strong> em solos férteise, conseqüentemente, promovendo o aumento naprodução de produtos agrícolas como a soja. Ascampanhas contrárias à exploração <strong>dos</strong> cerra<strong>dos</strong>têm um único objetivo: impedir que o Brasil aumentea sua produção com a incorporação de novas árease venha a concorrer com a produção <strong>dos</strong> países dePrimeiro Mundo e financiadores das ONG.O uso <strong>dos</strong> cerra<strong>dos</strong> para a agricultura constituiuma ameaça aos países que hoje dominam omercado internacional de alimentos. A forma maisbarata e eficiente de não ter essa concorrência éconvencer os brasileiros a não utilizá-los e, como anatureza não está sendo prejudicada, apelam para apreservação da biodiversidade. Ressaltamos quenos países do chamado Primeiro Mundo a preservaçãoda biodiversidade ocorre apenas em seus parquesnacionais. Quanto às hidrovias, essa é outraárea de ataque dessas organizações não-governamentaisque visam impedir a construção das mesmas,porque, conseqüentemente, diminuem a concorrência<strong>dos</strong> nossos produtos no mercado mundial em decorrênciado custo mais elevado do frete.Segundo estu<strong>dos</strong> da Embrapa, da área total docerrado - 208 milhões de hectares - é possível utilizar147 milhões para atividades agropastoris, o quecertamente contribuirá para o suprimento mundial dealimentos, exercendo influência direta no mercadointernacional. Se utilizássemos apenas 20 milhõesde hectares já seríamos o primeiro produtor mundialde soja do planeta e, com a utilização do milho e dasoja para a produção de came, dominaríamos omercado, além de provocar o desenvolvimento econômicoe social de regiões com baixa densidade populacional,evitando assim a migração para os grandescentros urbanos e a favelização <strong>dos</strong> mesmos.No mesmo estudo, a Embrapa mostra que 77milhões de hectares do cerrado são considera<strong>dos</strong>impróprios para o cultivo. Portanto, poderão ser preserva<strong>dos</strong>.Ficariam como reserva, para garantir abiodiversidade e a preservação da fauna e flora. Elembra que doze <strong>dos</strong> 35 Parques Nacionais estãoem áreas de cerrado, o que já garante sua preservação,não havendo, portanto, necessidade nem conveniênciade ser exigida a reserva legal de 20% ou50% da área de cada propriedade, devendo ser levadasem consideração apenas as áreas imprópriaspara o desenvolvimento de atividades agropastoris.Num mundo de economia globalizada, manterum percentual de área dessa dimensão como áreade preservação ambiental deve ser procedimento aser exigido também <strong>dos</strong> outros países, para que façamo mesmo no que tange à preservação ambientai,assegurando a nossa competitividade nos merca<strong>dos</strong>internacionais.Gostaria de perguntar aos nobres pares destaCasa se na Argentina seria possível exigir que pelomenos 20% de suas propriedades fossem transfor-

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