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IlIARI())A CAMARA »()S» - Câmara dos Deputados

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09672 Quinta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 1998se tomar de assalto o Congresso Nacional nas próximaseleições.Essa operação é conduzida, orquestrada e planejadapelos grandes empresários e executivos demonopólios nacionais e internacionais, que pretendemocupar no Congresso Nacional o espaço quejulgam necessário para, com o Poder Executivo e amídia, já dominada por essas forças econômicas,impor ao povo brasileiro as reformas conservadoraspatrocinadas pelo Presidente Fernando HenriqueCar<strong>dos</strong>o.Indicador dessa manobra e dessa orqu~§tra-'ção é o encarte publicado na revista CartlCapital,sob o patrocínio de uma pouco identificada ação empresarial.Embora não se saiba quem paga a matériapublicitária, a revista, de forma honesta, destaca-acomo informe publicitário.No entanto, aqueles que pagam a banda e,portanto, escolhem a sinfonia das reformas, do fim<strong>dos</strong> direitos sociais <strong>dos</strong> trabalhadores, da liquidaçãodo patrimônio estão escondi<strong>dos</strong> sob o nome deação empresarial.É até provável que essa matéria publicitária estejasendo financiada com dinheiro público, atravésdo sistema "s" - Sesi, Sesc e Senai -, cujo dinheiroé administrado pelas federações das indústrias e repassadopelo Governo Federal, por intermédio daConfederação Nacional da Indústria.Os grandes empresários já lançaram sua candidaturaà Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>. Em São Paulo,o presidente da Fiesp, Sr. Carlos Eduardo MoreiraFerreira, é o capitão que puxa a ofensiva empresarialsobre o Parlamento. Em Minas Gerais,falam também da candidatura do Sr. Clésio Andrade,empresário ligado ao ramo de transportes, senão me engano. Ou seja, os grandes empresáriosquerem vir para o Congresso. E, na busca desseobjetivo, promovem uma campanha de desmoralizaçãodo Congresso, de difamação do Poder Legislativo.Os grandes capitalistas, os executivos <strong>dos</strong>bancos e das multinacionais julgam que o melhorpara eles seria não existir Congresso Nacional, nãoexistir Poder Legislativo, onde se preserva a representação<strong>dos</strong> trabalhadores, por menor que ela seja.Neste Congresso, há representação de operários,trabalhadores rurais, profissionais liberais, sindicalistas,religiosns progressistas. E os grandes empresáriosjulgam isso um empecilho à sua ação e à negociaçãoque promovem ou querem promover diretamentecom o Poder Executivo.Na opinião <strong>dos</strong> grandes empresários, o Brasil<strong>dos</strong> sonhos, o melhor Brasil do mundo seria aqueleonde tudo fosse decidido num pequeno comitê quereunisse, de um lado, os capitães da indústria, osgrandes empresários e, de outro, o Poder Executivo,quando há, no meio, a presença do Poder Legislativo,onde se defendem os interesses <strong>dos</strong> aposenta<strong>dos</strong>,<strong>dos</strong> trabalhadores e os interesses da pequena eda média empresa, principalmente da empresa nacional,que está na bancarrota, por conta <strong>dos</strong> altosjuros pratiqa<strong>dos</strong> pelo Banco Central e pelo GovernoFederaL'·Portanto, os representantes do capital financeiroquerem enfraquecer o Congresso. Para isso, encontraramduas maneiras: por um lado, promoveruma campanha de desmoralização, de descrédito doCongresso Nacional não apenas por seus erros, quereconhecemos existir, mas principalmente pelas virtudes,por seu espaço aberto ao debate das diversasidéias e tendências. E, por outro, promover campanhasmilionárias, como a <strong>dos</strong> Srs. Carlos EduardoMoreira Ferreira e Clésio Andrade, representantesdo grande capital, a fim de sufocar os interesses doBrasil e do povo brasileiro, a independência do nossoPaís e o futuro da nossa Nação.A srª Joana Dare, § 2 Q do artigo 18 doRegimento Interno, deixa a cadeira da presidência,que é ocupada pelo Sr. Paulo Paim,3 Q Secretário.o SR. PRESIDENTE (Paulo Paim) - Concedoa palavra ao Sr. Deputado Itamar Serpa, pelo PSDB.O SR. ITAMAR SERPA (PSDB - Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, S~ e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,o meu pronunciamento de hoje é sobre assunto jábastante debatido em toda a imprensa e nesta Casa.Trata-se da aprovação do Código de Trânsito Brasileiroe da experiência do rodízio no trânsito realizadaem São Paulo.Aparentemente pequenas, apesar de toda a resistênciaque havia na sociedade com relação àsmultas que seriam aplicadas, as modificações feitasem nosso Código de Trânsito mostraram que a qualidadede vida nas cidades pode melhorar. E os primeirossinais de melhora são a diminuição da poluiçãoe da violência que se instalou no trânsito brasileiro.Esta Casa tomou medidas no momento certo,embora em alguns casos elas pareçam exacerbadas.Observei que, na Baixada fluminense, regiãopobre, considerada violenta muito mais pela impren-

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