IlIARI())A CAMARA »()S» - Câmara dos Deputados
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09636 Quinta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 1998Que não se limite a autorizar a ampliação doquadro docente com as insuficientes 72 vagas pre~vistas, mas que se preencham as vagas deixadaspor to<strong>dos</strong> os mestres que se afastaram.Como merecem a UFPB e o povo da Paraíba!O SR. HERMES PARCIANELLO (Bloco/PMDB- PRo Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, ilustreDeputado Eraldo Trindade, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,a Frios Chapecó, tradicional empresa noramo de carnes e laticínios, está mergulhada numoceano de dificuldades financeiras de improvável re~versibilidade.A situação da empresa, sem sombra de dúvida,é derivada da política econômica, que penalizaquem produz, notadamente com os atuais juros proibitivos.Em Cascavel, no Paraná, existe um complexoda Chapecó paralisado desde o mês de janeiro.Naquela região, mais de 300 produtores de frangointegra<strong>dos</strong> à empresa estão desespera<strong>dos</strong>. Hoje, 8de abril de 1998, esses ,300 avicultores ocuparam oparque industrial não para se apropriarem do patrimônioda empresa, mas para requererem aoBNDES, que preside o Conselho de Administraçãoda empresa, que tome uma decisão em caráter deurgência urgentíssima: Há uma proposta de desvincularo 'complexo de Cascavel do total do passivo daempresa, transformando-o em cooperativa. Nessadireção, estão to<strong>dos</strong> empenha<strong>dos</strong> e irmana<strong>dos</strong>, inclusive,oHancodo Estado do Paraná, que tem,6 milhõesde crédito para receber da empresa, cujo mobilizadodo complexo cascavelense é de 10 milhões,de reais, na sua avaliação.Sr. Presidente, para encerrar, digo que oBNDES sabe disso, mas' negligencia, tergiversa, vacilae não toma nenhuma medida para contemporizara situação. Ressalto ainda que a negligência do. BNDES está implicando. o desemprego de mais de 3mil e 500 pessoas.Era o que tinha a dizer.O SR. GIOVANNI QUEIROZ (PDT - PA. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, S~ eSrs. Deputa<strong>dos</strong>, o que houve em Roraima nos últimosdois meses foi uma catástrofe sob vários pontosde vista. Mas a perda de uma grande área de florestaconsumida pelo fogo e pela intolerância das autoridaqesé um episódio do qual se podem tirar liçõesimportantes. O que não se pode tolerar é o histerismocom que parte da opinião pública reage à orquestraçãode algumas instituições profissionais deecologistas.Pior é quando essa opinião pública, no caso internacional,inclui integrantes do Parlamento Europeu,que, numa manifestação de menosprezo à nossasoberania, decidem qualificar-nos de irresponsáveisdiante do acidente de Roraima. Fazem passarseu histórico preconceito contra os povos coloniza<strong>dos</strong>,como se ainda fôssemos incapazes de assumirnossas responsabilidades. E, para nossa vergonhacomo nação, o Governo brasileiro fingiu que a reprimendanão era conosco.Ora, quem são esses arautos da hipocrisiapara nos julgar em qualquer circunstância por questõesque envolvam o meio ambiente? A morte de todasas florestas européias causada pela chuva ácidae a contaminação radioativa em larga escala seriamtemas mais do que suficientes para ocupar essestão ciosos representantes do povo europeu.Podemos dar-lhes outras razões para inquietaçãomuito mais próximas de seus confortáveis assentos.Que tal explicar por que ainda permitem que,no limiar o século XXI, ainda se mantenham camposde provas nucleares como o do Atál de Mururoa ouque esses guardiães da civilização ainda mantenhamsua economias assentadas na indústria béli-. ca? Que tal cuidar da ecologia da Chechênia ou doque sobrou da vizinha ex-Iugoslávia? E por que nãocuidar da pior agressão ecológica que é a manifestaçãode racismo, que contamina a cada dia milhõesde jovens europeus contra africanos; asiáticos e latino-americanos?'MÇl.s, certamente/, a visão neocoloniàl que alimentaos preconceitos de europeus e norte-america'nos 'explica-se por si mesma: depois de consumirseus recursos naturais, matar seus rios, fauna e flora,agora desembucham uma vei a grotesca tese deque a Amazônia l(i de to<strong>dos</strong>. De to<strong>dos</strong>, mas principalome,i1te de algumas Centenas de executivos de organizaçõesnão governamentais, que detêm hoje osmaiores salários do planeta. Tud.b em favor de umacausa nobre: a causa deles, é claro!Mas essa gente não quer ouvir a razão. Bastalhea ,sua razão. E a sua razão é muito clara: as taisÇ>NG s~o, hoje uma reprodução <strong>dos</strong> grandes predadoresdo século XVI, que avançaram sopre os novoscontinentes com a sanha. de quem não quer apenaso ouro, rpas quer dominar o ecossistema, controlaras ações '~utônomas e soberanas de cada país e, dequebra, amestrar a consciência de uma elite que seencanta cornos modismos que vêm lá de' fora.Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, as cinzas de Roraimae de tantas queimadas por esse imenso 'País serãosempre um grito de alerta contra práticas agrícolasultrapassadas e, sobretudo, uma liçãolJara os go-