entretanto não produziu modificações sensíveis na fase <strong>de</strong> maturação e não afetou afase <strong>de</strong> proliferação da reparação tecidual. Além disso, a aplicação tópica da NFD temsido <strong>de</strong>scrita para o tratamento em humanos com lesões cutâneas oriundas <strong>de</strong> doençavascular periférica (BRANDT et. al.1983; ANTROPOLI et. al. 1999); <strong>de</strong> úlcerasdiabéticas (TORSIELLO E KOPACK, 2000, WYNN,2004) e cicatrizes hipertóficas(ISRAEL, 2003, HELMKE, 2004).As formulações empregadas no tratamento das afecções tópicas são preparações<strong>de</strong> consistência <strong>semi</strong>-<strong>sólidas</strong> <strong>de</strong>stinadas a serem aplicadas sobre a pele ou sobre<strong>de</strong>terminadas mucosas a fim <strong>de</strong> exercer uma ação local ou <strong>de</strong> promover a passagem <strong>de</strong>princípios medicamentosos através do estrato córeo.Depen<strong>de</strong>ndo do seu comportamento reológico e da sua bioa<strong>de</strong>são, os <strong>semi</strong>sólidospo<strong>de</strong>m a<strong>de</strong>rir à superfície <strong>de</strong> aplicação por períodos suficientemente longos atéserem removidos. Essa proprieda<strong>de</strong> auxilia a prolongar a liberação do fármaco no local<strong>de</strong> aplicação, apresentando vantagens em termos <strong>de</strong> facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicação (IDSON;LAZARUS, 2001).Atualmente, novos veículos para a aplicação tópica <strong>de</strong> fármacos têm sido<strong>de</strong>senvolvidos com o objetivo <strong>de</strong> permitir a cicatrização <strong>de</strong> lesões cutâneas persistentesque não respon<strong>de</strong>m aos tratamentos tradicionais (ISRAEL,2003). Entre eles encontramseo gel <strong>de</strong> polaxamer 407, que tem sido indicado para o tratamento <strong>de</strong> queimaduras ecomo pele artificial (PAOLETTI, 2004), e o PLO (gel <strong>de</strong> lecitina e polaxamer), também<strong>de</strong>scrito pela sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promover a penetração cutânea <strong>de</strong> fármacos(TORSIELLO e KOPACKI, 2000, KINCAID, 2002, ISRAEL 2003).De acordo com Torsiello e Kopack (2000), formulações <strong>semi</strong>-<strong>sólidas</strong> <strong>contendo</strong>8% <strong>de</strong> NFD induziram a vasodilatação local sem provocar efeitos sistêmicos. Acredita-26
se que o referido fármaco possa promover um bloqueio do influxo <strong>de</strong> cálcio para amusculatura lisa, diminuindo o tônus vascular, facilitando o fluxo sanguíneo e airrigação tecidual, promovendo a cicatrização <strong>de</strong> ferimentos (TORSIELLO e KOPACK2000, WYNN, 2004).Segundo Ansel, Popovick e Allen (2007), a resposta biológica a um fármaco éresultado <strong>de</strong> sua interação com os receptores celulares ou sistemas enzimáticosimportantes, e <strong>de</strong>correm <strong>de</strong> uma alteração dos processos biológicos anteriores àadministração do fármaco. A magnitu<strong>de</strong> da resposta biológica relaciona-se com aconcentração que o fármaco atinge em seu local <strong>de</strong> ação, e essa concentração<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da dose administrada, da quantida<strong>de</strong> absorvida e da distribuição no local, e davelocida<strong>de</strong> e da quantida<strong>de</strong> eliminada do corpo. A constituição física e química dofármaco, particularmente a solubilida<strong>de</strong> lipídica, o grau <strong>de</strong> ionização e o tamanhomolecular <strong>de</strong>terminam, em gran<strong>de</strong> parte, sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produzir sua ativida<strong>de</strong>biológica.Sendo assim, é importante avaliar as proprieda<strong>de</strong>s físico-químicas dasformulações <strong>semi</strong>-<strong>sólidas</strong> (microscopia, pH, viscosida<strong>de</strong>, teor do ativo). Assim como, a<strong>de</strong>terminação da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> liberação do fármaco <strong>de</strong>stas preparações e apenetração/permeação do mesmo nas camadas da pele. Desta forma, po<strong>de</strong>-se prover ocontrole <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> das formulações sob aspecto biofarmacotécnico.Nos estudos <strong>de</strong> liberação in vitro, po<strong>de</strong> ser empregado um mo<strong>de</strong>lobicompartimental, conhecido como célula <strong>de</strong> difusão vertical e membrana sintética(UNITED STATES PHARMACOPEA, 1997). Para tal, po<strong>de</strong>m-se empregar membranasartificiais como acetato <strong>de</strong> celulose, nitrato <strong>de</strong> celulose e polissulfona (HAIGH; SMITH,1994), as quais não oferecem resistência à passagem do fármaco do compartimento27
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Tabela 5: Resultados do teste de ex
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5.2.2 Determinação do pHA Tabela
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A figura 24 mostra os gráficos da
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