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L'hipocrisie dans Dom Juan de Molière - Repositório Científico do ...

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Andra<strong>de</strong>, Nuno Neves – Mun<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um mun<strong>do</strong>: Representações interculturais naPolónia sob a influência nazi 227 - 254acerca <strong>do</strong> povo Ju<strong>de</strong>u. Estes preconceitos semi-revela<strong>do</strong>s, enfatizavam a falta <strong>de</strong><strong>de</strong>coro que o povo ju<strong>de</strong>u <strong>de</strong>veria ter (e <strong>de</strong>sta forma ser visto), com mãos gordas e<strong>de</strong>formadas e completamente fora da trincheira. De ressalvar que, mesmo fora datrincheira, o Ju<strong>de</strong>u surge <strong>do</strong> la<strong>do</strong> que o Alemão está a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r. Este tipo <strong>de</strong>representação da comunida<strong>de</strong> Judaica tinha o objectivo <strong>de</strong> diminuir uma cultura aum conjunto <strong>de</strong> regras e maneirismos que se a<strong>de</strong>quassem à visão que o cria<strong>do</strong>rqueria que o seu público-alvo também partilhasse. Como referi<strong>do</strong> anteriormente,atribuía-se a esta representação um caracter assexua<strong>do</strong>, facilmente apreendi<strong>do</strong>pela população como sen<strong>do</strong> não o homem Ju<strong>de</strong>u mas sim O Ju<strong>de</strong>u, tornan<strong>do</strong>-seassim este tipo <strong>de</strong> representação numa base para a propaganda Alemã Nazicontra os Ju<strong>de</strong>us que estariam contra os princípios <strong>do</strong> Reich.A Alemanha Nazi utilizava este meio como forma <strong>de</strong> criar e apresentaruma imagem <strong>do</strong> povo Ju<strong>de</strong>u, e não só, <strong>de</strong> uma forma mais a<strong>de</strong>quada às suasnecessida<strong>de</strong>s. Criar uma nova i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> foi uma tarefa entregue às mais altaspatentes <strong>de</strong>ntro da organização Nazi. Consistia na criação <strong>de</strong> uma representação,reduzin<strong>do</strong> toda uma cultura ao conceito <strong>de</strong> Outro. Como referem Fabian,othering expresses the insight that the other is never simply given, never justfound or encountered, but ma<strong>de</strong> (Fabian 1991: 208)e Hallam and Street,Since 'otherness' is always actively ma<strong>de</strong> rather than given, it emphasisesthe social construction of reality. (Hallam, Street 2000: 249)Isto significa que o Ju<strong>de</strong>u que o parti<strong>do</strong> Nazi tentava dar a conhecer aomun<strong>do</strong> como o verda<strong>de</strong>iro Ju<strong>de</strong>u era apenas uma imagem, uma criação construídaatravés <strong>de</strong> uma junção <strong>de</strong> várias características isoladas, que seriamrepresentativas da realida<strong>de</strong> <strong>do</strong> que significaria ser Ju<strong>de</strong>u. Este tipo <strong>de</strong> criação<strong>de</strong>veu-se à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> separar ambas as raças para criar a raça perfeita.233 Polissema – Revista <strong>de</strong> Letras <strong>do</strong> ISCAP – Vol. 12 -2012

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