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L'hipocrisie dans Dom Juan de Molière - Repositório Científico do ...

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Andra<strong>de</strong>, Nuno Neves – Mun<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um mun<strong>do</strong>: Representações interculturais naPolónia sob a influência nazi 227 - 254O filme termina referin<strong>do</strong> que a limpeza étnica é o lega<strong>do</strong> que o parti<strong>do</strong>nacional-socialista <strong>de</strong>ixa à nação Alemã para sempre.Este é apenas um <strong>do</strong>s muitos filmes usa<strong>do</strong>s como veículo <strong>de</strong> informação eeducação pelos Nazis no seu objectivo <strong>de</strong> libertar as “massas incultas” <strong>de</strong> umasituação <strong>de</strong> ilusão em que eles viveriam, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao trabalho na sombra <strong>de</strong>milhares <strong>de</strong> Ju<strong>de</strong>us.Todas as relações, sejam elas interculturais ou não, passam por alturas <strong>de</strong>teste, tenham elas fundações sólidas ou estejam apoiadas numa paz ténue, comono caso da cultura Polaca e da Judaica. Vários factores po<strong>de</strong>m levar a umavariação e diferença nos comportamentos, sejam eles involuntários, como nocaso <strong>de</strong> uma crise económica ou social ou mesmo num conflito arma<strong>do</strong>, sejameles voluntários, com o intuito <strong>de</strong> gerar uma mudança nessas relações, como foi ocaso da Alemanha Nazi na altura da II Guerra Mundial.Sen<strong>do</strong> a Polónia um país com diversas culturas e diversas vivências eexperiências, foi fácil para o regime Nazi utilizar essas diferenças culturais econseguir que uma cultura se levantasse contra outra. Aproveitan<strong>do</strong> a frágilcoexistência <strong>do</strong>s Polacos nativos com os Ju<strong>de</strong>us, a máquina propagandista Naziconseguiu mudar mentalida<strong>de</strong>s através <strong>de</strong> processos complexos e extremamenteardilosos, com consequências simples mas <strong>de</strong>strutivas.As invasões e os conflitos que marcaram este perío<strong>do</strong> foram construí<strong>do</strong>sem várias frentes. Por um la<strong>do</strong>, tinhamos o me<strong>do</strong> planta<strong>do</strong> e cuida<strong>do</strong> no seio daspopulações invadidas pelos militares e as suas armas. Ao mesmo tempo,tinhamos a <strong>de</strong>sconstrução <strong>de</strong> uma cultura nos seus constituintes mais básicos, <strong>de</strong>forma a apresentar uma “verda<strong>de</strong>” construída com o intuito <strong>de</strong>criaranimosida<strong>de</strong>s e conflitos. Isto segui<strong>do</strong> pela posterior construção <strong>de</strong> uma “novaraça”, fundin<strong>do</strong> pequenos aspectos e infundin<strong>do</strong> toda a sua visão numa novaconstrução, criada com o objectivo <strong>de</strong> gerar novos sentimentos para com umacultura, a<strong>do</strong>ptada pelos Nazis como sua inimiga.Des<strong>de</strong> a racialização à representação cultural e social, os artifíciosutiliza<strong>do</strong>s pela propaganda Nazi sempre tiveram <strong>do</strong>is objectivos principais: criaruma nova “raça superior”, a raça Ariana, e construir uma nova versão da raça253 Polissema – Revista <strong>de</strong> Letras <strong>do</strong> ISCAP – Vol. 12 -2012

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