12.07.2015 Views

L'hipocrisie dans Dom Juan de Molière - Repositório Científico do ...

L'hipocrisie dans Dom Juan de Molière - Repositório Científico do ...

L'hipocrisie dans Dom Juan de Molière - Repositório Científico do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Cerqueira, Carina – Work in Progres: Representar o outro segun<strong>do</strong> o pensamento antropofágico.Casos <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> – Hans Sta<strong>de</strong>n e Les maîtres Fous 57–74significação da produção comportamental - o “governa<strong>do</strong>r” fala francês; aMadame Lokotoro foi mulher <strong>de</strong> um médico francês; os intervenientes utilizam ochapéu e roupa colonial (britânico); a quebra <strong>do</strong> ovo na cabeça da estátuasimboliza as penas <strong>do</strong> chapéu <strong>do</strong> governa<strong>do</strong>r (britânico).Através <strong>do</strong>s rituais <strong>de</strong> possessão, os intervenientes <strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong>africana executam o processo <strong>de</strong> assimilação cultural. Não é contu<strong>do</strong> alheia aintervenção <strong>do</strong> autor/narra<strong>do</strong>r. O autor/narra<strong>do</strong>r opta por salientar todas asacções que ritualizam a relação social da chegada <strong>do</strong> governa<strong>do</strong>r britânico,apresentan<strong>do</strong> a materialização <strong>do</strong> lega<strong>do</strong> colonial inglês, relegan<strong>do</strong> a pré presençafrancesa, o que não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> instigar significações. Representa<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> avisão daquele povo africano, ao coloniza<strong>do</strong>r pressupõe-se comportamentos <strong>de</strong>prepotência, <strong>do</strong>mínio, or<strong>de</strong>ns, violência, opressão - uma imagem óbvia <strong>de</strong>hegemonia.Por outro la<strong>do</strong>, aos olhos da cultura oci<strong>de</strong>ntal, assistir à sua própriarepresentação causa, naturalmente, gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sconforto. Os pontos salienta<strong>do</strong>stornam-se uma forma <strong>de</strong> paródia que ridiculariza comportamentos, salientan<strong>do</strong> avolatilida<strong>de</strong> da “nossa” tolerância à interpretação <strong>do</strong> «Outro».Através da tradução/interpretação comportamental inserida nacontextualização africana, assistimos à tentativa <strong>de</strong> adaptação e compreensão <strong>de</strong>acções estranhas à sua cultura. Contu<strong>do</strong>, teremos <strong>de</strong> questionar esta “visãoafricana”, uma vez que o <strong>do</strong>cumentário/filme parte <strong>de</strong> uma análise, tradução eprodução <strong>do</strong> oci<strong>de</strong>ntal, neste caso suscitan<strong>do</strong> uma ambiguida<strong>de</strong> <strong>de</strong>interpretações.Invadi<strong>do</strong> física e culturalmente por costumes a si externos, é natural o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> comportamentos paralelos on<strong>de</strong> seja encontrada uma certa“explicação”. Os movimentos possessivos interpreta<strong>do</strong>s pelos Haukas são arepresentação <strong>de</strong> estereotipos, social e culturalmente interioriza<strong>do</strong>s. Esta forma<strong>de</strong> tradução/interpretação cultural é visível através da assimilação <strong>de</strong> processoscomo a adaptação <strong>de</strong> profissões e acções externas àquelas <strong>de</strong>senvolvidas na suamecânica social. A fusão entre crença africana e comportamento socialPolissema – Revista <strong>de</strong> Letras <strong>do</strong> ISCAP – Vol. 12 -201270

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!