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L'hipocrisie dans Dom Juan de Molière - Repositório Científico do ...

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Kuksenkov, Daniil, Ustimenko, Maria Helena Guimarães – Tradução <strong>de</strong> Старый гений <strong>de</strong>Nikolai Leskov 297 – 307com inquietação. A velhinha, que se escon<strong>de</strong>ra atrás <strong>de</strong> Ivan Ivanich, aponta parao <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>r e diz: “É aquele!”O luta<strong>do</strong>r sérvio viu, disse “está bem” e logo se levantou e passou ao la<strong>do</strong><strong>do</strong> dândi uma vez, <strong>de</strong>pois segunda vez, e <strong>de</strong>pois, à terceira vez, parou mesmo emfrente <strong>de</strong>le e disse:chá.- Por que é que está a olhar para mim <strong>de</strong>sse mo<strong>do</strong>?O <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>r respon<strong>de</strong>:- Eu não estou <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> nenhum a olhar para si. Eu estou a tomar o meu- Ah, ah! E o luta<strong>do</strong>r diz: não está a olhar, está a tomar chá? É isso? Entãoeu vou obrigá-lo a olhar para mim. Tome aqui, <strong>de</strong> mim, para o seu chá, estesumo <strong>de</strong> limão, açúcar e um pedaço <strong>de</strong> chocolate!... Zás, zás, zás! E bate-lhe trêsvezes na cara.A dama lançou-se para um la<strong>do</strong>, o <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>r também queria fugir, dizen<strong>do</strong>não estar agora para reclamações, mas a polícia apareceu logo, intrometen<strong>do</strong>-se:“Isto, num lugar público, é proibi<strong>do</strong>”, e pren<strong>de</strong>ram o luta<strong>do</strong>r sérvio, bem como oesbofetea<strong>do</strong>, que, numa agitação tremenda, não sabia se havia <strong>de</strong> correr atrás dasua dama, se respon<strong>de</strong>r à polícia. E, entretanto, já o registo da ocorrência estápronto e o comboio parte... A dama partira e ele ficara… e mal anunciou o seutítulo, nome e sobrenome, o polícia diz: “A propósito, para o senhor, eu tenhoaqui na pasta um papel para entrega.” Nada lhe restava fazer, a não ser pegar nopapel que lhe estavam a entregar perante testemunhas e, para se livrar daobrigação <strong>de</strong> não <strong>de</strong>ixar a cida<strong>de</strong>, logo ali pagou com um cheque a totalida<strong>de</strong> dadívida e com juros.E foi <strong>de</strong>sta forma que foram vencidas as dificulda<strong>de</strong>s inexpugnáveis, que averda<strong>de</strong> triunfou e que, na honesta, mas pobre casa, voltou a reinar o sossego e aFesta tornou-se também mais feliz e alegre.A pessoa que encontrou a forma <strong>de</strong> resolver este caso difícil parece, pois,ter to<strong>do</strong> o direito <strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rar, <strong>de</strong> facto, um génio.307 Polissema – Revista <strong>de</strong> Letras <strong>do</strong> ISCAP – Vol. 12 -2012

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