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Impressão de fax em página inteira - Câmara dos Deputados

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04768 Sábado 17 DIÁRIo DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro <strong>de</strong> 1996Sr. Presi<strong>de</strong>nte, gostaríamos <strong>de</strong> dizer que ocaso Sivam está, <strong>de</strong> forma solene, mostrando à socieda<strong>de</strong>a necessida<strong>de</strong> que o País t<strong>em</strong> <strong>de</strong> implantarum sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> vigilância permanente para que possamosproteger a Amazônia, que representa 58% docontinente brasileiro.Portanto, essas acusações mostram nitidamenteque alguns segmentos da imprensa viv<strong>em</strong>, talvezmergulha<strong>dos</strong> na escuridão <strong>de</strong> suas consciências,procurando s<strong>em</strong>pre <strong>de</strong>negrir a imag<strong>em</strong> do Presi<strong>de</strong>nteda República, procurando s<strong>em</strong>pre achincalhareste Congresso, não respeitando sequer uma mensag<strong>em</strong>encaminhada a esta Casa, com seus <strong>de</strong>feitos,mas acima <strong>de</strong> tudo com suas virtu<strong>de</strong>s.Em resposta ao comentário da imprensa <strong>de</strong>que a retórica presi<strong>de</strong>ncial n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre l<strong>em</strong>bra o papeIdo rolo compressor que o Governo exerceu navotação <strong>dos</strong> projetos <strong>de</strong> seu interesse nesta Casa,digo que, <strong>em</strong> relação às mensagens enviadas noano passado, como as do processo <strong>de</strong> privatização,nitidamente o Governo t<strong>em</strong> um rumo, uma proposta.Acredito que essa não é uma forma construtiva<strong>de</strong> se levar à opinião pública as ações <strong>de</strong>senvolvidas.N<strong>em</strong> se <strong>de</strong>ve colocar <strong>em</strong> xeque a posição <strong>de</strong>steCongresso, que é o cenáculo <strong>de</strong>mocrático, no qualas questões são <strong>de</strong>cididas segundo a vonta<strong>de</strong> damaioria.Obviamente, se o Presi<strong>de</strong>nte da República t<strong>em</strong>obtido êxito, como reconhece a imprensa, na habilida<strong>de</strong><strong>de</strong> enviar a esta Casa proposições sobre asquestões maiores da socieda<strong>de</strong> que enten<strong>de</strong> benéficaspara o nosso País, consi<strong>de</strong>ro isso louvável.Citam expressivos avanços nos processos <strong>de</strong>privatização e cobram que o Governo pregava a arrecadação<strong>de</strong> 4 bilhões <strong>de</strong> dólares no primeiro ano earrecadou apenas 1 bilhão <strong>de</strong> dólares. Ninguém governacom uma varinha <strong>de</strong> condão, n<strong>em</strong> as açõesacontec<strong>em</strong> como <strong>em</strong> um passe <strong>de</strong> mágica, pois umprojeto <strong>de</strong> Governo não po<strong>de</strong> ser proposto e os resulta<strong>dos</strong>ser<strong>em</strong> imediatamente alcança<strong>dos</strong>, na medida<strong>em</strong> que a socieda<strong>de</strong> espera.Na minha opinião, o importante é a posição doPresi<strong>de</strong>nte da República, no momento <strong>em</strong> que, <strong>de</strong>forma corajosa e <strong>de</strong>terminada, apresenta à socieda<strong>de</strong>brasileira os resulta<strong>dos</strong> positivos da sua política,como, por ex<strong>em</strong>plo, o fato <strong>de</strong> ter afastado <strong>de</strong> cadaum <strong>de</strong> nós, do menos aquinhoado pela sorte àquelesconsi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> mais ricos, o fantasma <strong>de</strong> uma inflaçãoque <strong>de</strong>struía inclusive o processo <strong>de</strong> auto-estimada socieda<strong>de</strong> brasileira.Em negrito, na edição <strong>de</strong> hoje, o Correio Braziliensediz que o Governo citou a securitização dadívida <strong>dos</strong> agricultores como forma <strong>de</strong> resolver a criseno setor rural e que na realida<strong>de</strong> os agricultoresviveram todo o ano passado sob o peso <strong>dos</strong> altos jurose <strong>dos</strong> baixos preços <strong>dos</strong> seus produtos. Eu diriaque <strong>de</strong>morou, mas chegou.Como pequeno produtor rural, fiz um financiamento<strong>de</strong> 15 mil reais, no início do ano passado. Estavainsuportável, pela alta <strong>dos</strong> juros, continuar arcandocom os compromissos da dívida. E isso épossível hoje, <strong>em</strong> função do projeto <strong>de</strong> securitização<strong>em</strong> prática, o que a imprensa reconhece, quando dizque só na terça-feira passada foram assina<strong>dos</strong> osprimeiros contratos <strong>de</strong> rolag<strong>em</strong> das dívidas. Mas foramassina<strong>dos</strong>.To<strong>dos</strong> os produtores já po<strong>de</strong>m respirar. To<strong>dos</strong>os produtores já po<strong>de</strong>m ter mais tranqüilida<strong>de</strong>, poiscom a rolag<strong>em</strong> da dívida, com a renegociação <strong>de</strong>ssesfinanciamentos, nós - pequenos, médios e gran<strong>de</strong>sprodutores - po<strong>de</strong>mos pensar <strong>em</strong> novos investimentos.Acrescento ainda que as causas efetivas da situaçãopor que passa hoje o País, citadas pelo Presi<strong>de</strong>nteda República e que são verda<strong>de</strong>iras, são acultura do déficit público ainda arraigada na socieda<strong>de</strong>brasileira, o corporativismo e o atraso <strong>em</strong> que seencontram as <strong>em</strong>presas. ~ claro que isso é verda<strong>de</strong>!Mas to<strong>dos</strong> nós, brasileiros, individual ou coletivamente,apesar <strong>de</strong> vivermos hoje uma inflação sobcontrole, ainda duvidamos da estabilida<strong>de</strong> da moeda.Nós ainda não acreditamos nisso, Sr. Presi<strong>de</strong>nte!Ainda viv<strong>em</strong>os sob o fantasma da cultura da inflação.Na medida <strong>em</strong> que o Governo Fernando HenriqueCar<strong>dos</strong>o t<strong>em</strong> um perfil <strong>de</strong> confiabilida<strong>de</strong>, a socieda<strong>de</strong>brasileira começa a acreditar que o fantasmada inflação está cada dia mais longe.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, a mensag<strong>em</strong> encaminhada aesta Casa é recheada, acima <strong>de</strong> tudo, <strong>de</strong> credibilida<strong>de</strong>.E mais, <strong>de</strong>monstra a capacida<strong>de</strong> operadora doPresi<strong>de</strong>nte da República no sentido <strong>de</strong> convencereste Congresso, muitas vezes <strong>de</strong>scrente, mas queprocura, <strong>de</strong> uma forma maiúscula pragmática, transmitirà socieda<strong>de</strong> brasileira esta confiabilida<strong>de</strong>.Exist<strong>em</strong> inúmeros probl<strong>em</strong>as, como o da habitação,o da alimentação básica, o da saú<strong>de</strong>, <strong>em</strong> nossoPaís, pois t<strong>em</strong>os mais <strong>de</strong> 160 milhões <strong>de</strong> habitantese dimensões <strong>de</strong>scomunais, 8 milhões e 500 milquilômetros quadra<strong>dos</strong>. A socieda<strong>de</strong> brasileira po<strong>de</strong>riaestar numa situação melhor. Mas existe esperançae crença no futuro.Tenho certeza <strong>de</strong> que os Lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong>sta Casa,os Parlamentares, individualmente, compreen<strong>de</strong>rão

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