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Impressão de fax em página inteira - Câmara dos Deputados

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Fevereiro <strong>de</strong> 1996 DIÁRIo DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 17 04747o IPC, com o objetivo <strong>de</strong> acabar com a obrigatorieda<strong>de</strong>,que chamei <strong>de</strong> imoralida<strong>de</strong> compulsória, <strong>de</strong> osParlamentares contribuír<strong>em</strong> para o Instituto. MuitosDeputa<strong>dos</strong>, esta s<strong>em</strong>ana e <strong>em</strong> outras ocasiões, jáse manifestaram contra a contribuição obrigatória.Apresentei também um projeto <strong>de</strong> lei para permitirque o Deputado possa optar por não contribuir,por não se filiar ao Instituto <strong>de</strong> Previdência.Fico ressabiado pelos acor<strong>dos</strong> que estão sendorealiza<strong>dos</strong>, pelo fato <strong>de</strong> não entrar na discussãoda reforma da Previdência qualquer palavra referenteao Instituto <strong>de</strong> Previdência <strong>dos</strong> Congressistas, r<strong>em</strong>etendo-sea questão, segundo informações que tenho,a uma lei ordinária.Minha preocupação é que no momento <strong>em</strong> quese <strong>de</strong>cidir e se votar, no Congresso Nacional, a novalei da Previdência., esse <strong>de</strong>bate estará fora dasmanchetes <strong>dos</strong> jornais. E uma lei ordinária posteriorquantos anos levará para tramitar nestq Casa, para,<strong>de</strong> fato, mudar essa questão da previdência <strong>dos</strong> parlamentares?Suspeito que se esteja fazendo um acordopara se passar à socieda<strong>de</strong> que o Congresso Nacionalé contra a manutenção <strong>de</strong>sse privilégio, mas <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>pela Lei Ordinária, cuja tramitação po<strong>de</strong>rá levaraté mesmo cinco ou sete aos, como ocorre com projetosaqui, que tramitam há três ou quatro legislaturas.Portanto, t<strong>em</strong>o que estejamos per<strong>de</strong>ndo, através<strong>de</strong>sse acordo, uma gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> colocarao menos uma frase na reforma da Previdênciapelo fim <strong>de</strong>sse órgão e, então, r<strong>em</strong>eter a regulamentaçãopara a lei ordinária, caminho que consi<strong>de</strong>ramo melhor.O segundo ponto que gostaria <strong>de</strong> abordar é <strong>em</strong>relação ao horário <strong>de</strong> A Voz do Brasil. Trago umex<strong>em</strong>plo, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong> como é importante manter-seo programa. Nesta s<strong>em</strong>ana tiv<strong>em</strong>os a trágicaperda <strong>de</strong> um hom<strong>em</strong> ilustre, não só no âmbito nacionale da América Latina, como no âmbito mundial.Um gran<strong>de</strong> batalhador histórico <strong>em</strong> favor da reformaagrária. Referimo-nos a morte <strong>de</strong> José Gomes daSilva, hom<strong>em</strong> conhecido mundialmente por suas teses<strong>em</strong> <strong>de</strong>fesa da reforma agrária. E, por mais incrívelque pareça, era ele fazen<strong>de</strong>iro <strong>em</strong> São Paulo, possuíauma fazenda, e <strong>de</strong>fensor da reforma agrária.Em função <strong>dos</strong> gran<strong>de</strong>s probl<strong>em</strong>as vivi<strong>dos</strong> hojepelo Brasil, especialmente as enchentes, nenhumjornal ou telejornal noticiou a morte <strong>de</strong>sse ilustre cidadão;E como o Brasil ficou sabendo da morte <strong>de</strong>José Gomes da Silva? Pelos pronunciamentos feitosnesta Casa. E esses discursos foram reproduzi<strong>dos</strong>por A Voz do Brasil. O Brasil inteiro ficou sabendoda morte <strong>de</strong>sse ilustre hom<strong>em</strong> aos 71 anos. Per<strong>de</strong>mosum gran<strong>de</strong> batalhador na luta pela reformaagrária.Farei apenas mais um breve registro.O Po<strong>de</strong>r Judiciário do Estado <strong>de</strong> Mato Grossotomou uma gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Destinou para a reformaagrária uma fazenda on<strong>de</strong> se manipulava e se produziasubstância entorpecente.Gostaria <strong>de</strong> registrar - na próxima s<strong>em</strong>ana voume pronunciar sobre o assunto - que o Brasil resolverum probl<strong>em</strong>a que está enfocado na Constituiçãoe que ainda não foi regulamentado. Trata-se da expropriação<strong>de</strong> terras on<strong>de</strong> as plantações visam beneficiaro narcotráfico. Para isso o Judiciário contribuienorm<strong>em</strong>ente. Acho que é uma boa iniciativa<strong>de</strong>sse Po<strong>de</strong>r, que, no meio <strong>de</strong> tantas situações incômodas,hoje oferece uma solução, ou seja, <strong>de</strong>sapropriaruma área e <strong>de</strong>terminar, antes da conclusão doprocesso judicial, que o Incra faça assentamento <strong>de</strong>famílias.Portanto, cumprimento a <strong>de</strong>cisão do Judiciáriodo Estado do Mato Grosso.O SR. HERCULANO ANGHINETTI (PPB ­MG. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, srªse Srs. Deputa<strong>dos</strong>, venho à tribuna abordar dois t<strong>em</strong>as.O primeiro é sobre a violência na televisão.Na revista Veja <strong>de</strong>sta s<strong>em</strong>ana, na página 88,há uma reportag<strong>em</strong> sobre pesquisa feita nos Esta<strong>dos</strong>Uni<strong>dos</strong> que mostra <strong>de</strong>finitivamente que a televisãoinfluencia o comportamento <strong>de</strong> crianças e adolescentes.Segundo esse estudo, que foi divulga<strong>dos</strong><strong>em</strong>ana passada, a exposição prolongada das criançase <strong>dos</strong> adolescentes a filmes <strong>de</strong> violência não sóaumenta o grau <strong>de</strong> tensão social como, ainda, insensibilizaas pessoas para os dramas reais do cotidianoe, pior, estimula jovens e crianças a reagir comagressivida<strong>de</strong>.É com espanto que leio tal reportag<strong>em</strong>, pois noBrasil t<strong>em</strong>os a mania <strong>de</strong> copiar boa parte do queacontece no mundo <strong>de</strong>senvolvido, e, para <strong>de</strong>sesperoda população, o que se copia na quase totalida<strong>de</strong>são os maus ex<strong>em</strong>plos.Viv<strong>em</strong>os um momento difícil neste final <strong>de</strong> milênio,on<strong>de</strong> vários comportamentos justifica<strong>dos</strong> pelo<strong>de</strong>senvolvimento da raça humana vêm sendo prega<strong>dos</strong>insistent<strong>em</strong>ente à população, tais como o sexolivre, o casamento entre pessoas do mesmo sexo ea liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aborto.Tudo isso me <strong>de</strong>ixa profundamente incomodado.Não por ser uma pessoa antiquada, conservadora- consi<strong>de</strong>ro-me progressista -, mas não possoconcordar com esse encanto <strong>de</strong> liberalismo moral

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