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(os) no Sistema Prisional - CREPOP - Conselho Federal de Psicologia

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“iluminar” tudo que seja da or<strong>de</strong>m da natureza e do Homem. Claro,que para se chegar nessa “verda<strong>de</strong> verificável” foram necessári<strong>os</strong> <strong>os</strong>já instituíd<strong>os</strong> e reconhecid<strong>os</strong> métod<strong>os</strong> experimentais <strong>de</strong> observação,<strong>de</strong> <strong>de</strong>scrição, <strong>de</strong> redução e <strong>de</strong> simplificação <strong>de</strong>sse realismo que, pelacorreta utilização das técnicas a<strong>de</strong>quadas, se apresentariam com maisobjetivida<strong>de</strong> através do comportamento e/ou da fala humana. Tratavase<strong>de</strong> uma tentativa metódica <strong>de</strong> sustentar <strong>os</strong> parâmetr<strong>os</strong> da chamadaciência mo<strong>de</strong>rna através do método científico natural que fomentaaté <strong>os</strong> dias atuais muitas pesquisas e elucubrações sobre o objeto da<strong>Psicologia</strong>, a saber, o “sujeito psicológico”.É baseada nesta concepção <strong>de</strong> “sujeito psicológico palpável” queocorre a articulação entre essa <strong>Psicologia</strong> <strong>de</strong>scritiva e a tambéminsipiente crimi<strong>no</strong>logia como dois camp<strong>os</strong> <strong>de</strong> conheciment<strong>os</strong> emexpansão e em busca <strong>de</strong> legitimação como ciências <strong>de</strong> fato, amparad<strong>os</strong>num i<strong>de</strong>al p<strong>os</strong>itivista <strong>de</strong> lei e or<strong>de</strong>m. A articulação acima prop<strong>os</strong>tavisava à aplicabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um exercício <strong>de</strong> saber/po<strong>de</strong>r que buscava<strong>de</strong>limitar qualitativamente <strong>os</strong> comportament<strong>os</strong> manifest<strong>os</strong> comocorret<strong>os</strong> ou não, numa vinculação direta entre o fazer huma<strong>no</strong>, exp<strong>os</strong>topela conduta e/ou fala, com o ser na sua intimida<strong>de</strong> mais profunda.Tarefa que caberia a <strong>Psicologia</strong> esclarecer, clarear, sob a forma <strong>de</strong>conhecimento. Ou seja, é pela colagem direta e <strong>de</strong>terminista entre<strong>os</strong> at<strong>os</strong> observáveis e <strong>os</strong> que <strong>de</strong>signaram como “sujeito psicológico”,na pretensão <strong>de</strong> <strong>de</strong>cifração <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>sej<strong>os</strong>, fantasias, personalida<strong>de</strong>e etc., que o sistema psicológico classificatório vai operar separandoprimeiramente a mente em funções mentais <strong>no</strong>rmais e a<strong>no</strong>rmais parap<strong>os</strong>teriormente separar <strong>os</strong> indivídu<strong>os</strong> entre saudáveis e patológic<strong>os</strong>através da tipificação jurídica <strong>de</strong> at<strong>os</strong> criminalizad<strong>os</strong>.Nessa articulação, a crimi<strong>no</strong>logia etiológica, associada a<strong>os</strong>insipientes saberes psi <strong>de</strong> fins do século XIX, não tardará em associar<strong>os</strong> at<strong>os</strong> criminais a<strong>os</strong> seres consi<strong>de</strong>rad<strong>os</strong> internamente <strong>de</strong>generad<strong>os</strong>e perig<strong>os</strong><strong>os</strong>, fortalecendo uma visão naturalista da socieda<strong>de</strong> e o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma antropologia do homem crimin<strong>os</strong>o com aescola italiana, a qual estava ancorada na teoria p<strong>os</strong>itivista da <strong>de</strong>fesasocial.Preocupada com <strong>os</strong> <strong>de</strong>svi<strong>os</strong> da natureza que <strong>de</strong>terminam <strong>os</strong>comportament<strong>os</strong> atípic<strong>os</strong>, bizarr<strong>os</strong> e estranh<strong>os</strong>, surge nessa época a32

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