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Pantoja

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Os conteúdos, organizados de forma compartimentada nas disciplinas, passam a ser os únicos<br />

aspectos considerados nessa organização. E, para avançar em determinados conteúdos, é preciso<br />

vencer os chamados “pré-requisitos”. O resultado disso é a reprovação e a exclusão escolar de muitas<br />

crianças e muitos(as) jovens que não se reconhecem nessa escola, nesse currículo, nesses materiais.<br />

Jovens originários(as) dos coletivos pobres, excluídos(as) dos espaços públicos e do direito de ver sua<br />

cultura retratada nos livros escolares, nos materiais didáticos. Assim, a escola, através de mecanismos<br />

como a seriação, consegue reproduzir a desigualdade presente na sociedade.<br />

Uma relevante luta travada pelos movimentos sociais foi romper com esse<br />

modelo, colocando os sujeitos no centro do processo escolar. Mas, o que significa dar<br />

centralidade aos sujeitos dentro da organização escolar? Que mudanças precisam<br />

ocorrer na escola?<br />

Em primeiro lugar, ressalta-se que considerar os sujeitos no centro do processo educativo<br />

implica muito mais que colocar a formação de sujeitos críticos e participativos como um dos objetivos<br />

do Projeto Político Pedagógico da escola. Considerá-los no centro do processo educativo acarreta<br />

reorganizar tempos, espaços 5 , agrupamentos, conteúdos escolares. Importa também em mudar o<br />

lugar de educandos(as) e educadores(as) na dinâmica do trabalho e, principalmente, em transformar a<br />

vida da escola, entendendo-a como espaço de cultura.<br />

Módulo III - Escola: espaços e tempos de reprodução e resistências da pobreza 20

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