20.10.2017 Views

edição de 19 de setembro de 2016

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Mercado<br />

Mulheres tentam <strong>de</strong>scobrir por que<br />

ainda são tão poucas na criação<br />

Debate no festival realizado em SP discute diferenças entre gêneros<br />

no ambiente <strong>de</strong> trabalho, que começam já na formação profissional<br />

Fotos: Eugenio Goulart/Divulgação<br />

Andreia Barion, diretora <strong>de</strong> criação da WMcCann: “o que o homem tem mais que nós, mulheres, é músculo”<br />

Vinícius noVaes<br />

rie suas filhas para que<br />

“Celas possam fazer as<br />

mesmas coisas que os homens”.<br />

A frase é <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong><br />

Andreia Barion, diretora <strong>de</strong><br />

criação da WMcCann, uma das<br />

participantes do painel Por que<br />

somos tão poucas na criação das<br />

agências?. A criativa ainda completou<br />

sua frase, brincando: “o<br />

que o homem tem mais que<br />

nós, mulheres, é músculo”.<br />

Mediado por Joanna Monteiro,<br />

CCO da FCB Brasil, o <strong>de</strong>bate<br />

foi ainda além e discutiu as<br />

diferenças <strong>de</strong> gênero no ambiente<br />

<strong>de</strong> trabalho e na própria<br />

“A históriA do<br />

BrAsil é pródigA<br />

quAndo o<br />

Assunto é crise.<br />

nós somos Bons<br />

em sAir dA crise”<br />

formação profissional. Juliana<br />

Constantino, creative strategist<br />

do Instagram, falou sobre<br />

as diferenças que existem, por<br />

exemplo, nas universida<strong>de</strong>s.<br />

“O mo<strong>de</strong>lo das faculda<strong>de</strong>s,<br />

das universida<strong>de</strong>s, ainda é masculino,<br />

e tudo começa lá”, disse.<br />

“A maioria dos professores,<br />

por exemplo, é homem”.<br />

Gabriella Marcatto, assistente<br />

<strong>de</strong> arte na J. Walter Thompson,<br />

endossou o discurso. Ela,<br />

que <strong>de</strong>ixou recentemente a<br />

faculda<strong>de</strong>, disse que precisou<br />

buscar referências femininas<br />

no mercado. “No fundo, o que<br />

existe, na minha opinião, é<br />

uma briga interna da mulher,<br />

<strong>de</strong> você buscar um crescimento<br />

sabendo das adversida<strong>de</strong>s que<br />

temos pelo caminho”, afirmou.<br />

Já Laura Esteves, diretora<br />

<strong>de</strong> criação da Y&R, levantou a<br />

questão da diferença nas tarefas<br />

domésticas, como a criação<br />

dos filhos. “Eu preciso me<br />

policiar para sair do trabalho a<br />

tempo <strong>de</strong> chegar em casa e ver<br />

minha filha ainda acordada”.<br />

Andreia Barion, por sua vez,<br />

contou que ficou nove anos<br />

longe do mercado. “E um dos<br />

motivos para isso foi que eu<br />

queria educar minhas filhas <strong>de</strong><br />

perto”, revelou. Ela ainda citou<br />

como exemplo as leis da Suécia,<br />

cujo país dá ao homem o mes-<br />

18 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!