Panorama do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro - 2010 - SECOVIRIO

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PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO DO RIO DE JANEIRO 2010 baixo envolvimento nas atividades das administradoras. Por isso o setor está se dedicando a melhorar. É hora de romper as barreiras que ainda existem e mostrar o valor agregado que as empresas de administração condominial geram para seus clientes. É hora de fazer história. 11.2. Tendências para locação, compra e venda No final de 2010, a violência em comunidades da Zona Norte do Rio trouxe o pânico à população. A retomada desses espaços pela polícia, que devolveu a esperança aos moradores, era mais uma ação dentro do projeto de Polícia Pacificadora implantado em 2008 pelo governo do Estado. O mercado imobiliário também reagiu positivamente: em áreas como Jacarepaguá e Copacabana registrou-se uma valorização de mais de 100% dos imóveis de 2 quartos. O movimento se estende para todas as áreas da cidade. Soma-se a esse cenário de otimismo a mudança no perfil das famílias. A média de filhos por núcleo caiu de seis, em 1970, para menos de dois nos dias atuais. De acordo com o IBGE, a fatia da população que procura por apartamentos menores é bastante variada: estudantes, recém-casados, idosos, divorciados e famílias pequenas, que vão em busca de empreendimentos com aluguéis acessíveis, bem servidos de opções de lazer e entretenimento. Com o incremento na renda, a população procura melhores opções de moradia, o que contribui para o aquecimento do mercado de locações. Até o início de 2009, a falta de apartamentos de 2 quartos ou menos virou notícia, já que, de cada cem unidades lançadas em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, só duas possuíam apenas um dormitório. Imobiliárias e especialistas perceberam essa tendência e já estão investindo na construção de imóveis mais compactos. Embora o mercado de locações esteja se fortalecendo, o Brasil ainda tem muito a avançar, na comparação com outros países. Em um ranking que mede o percentual de imóveis alugados em relação aos ocupados, estamos na 18ª posição entre 20 países. O sonho da casa própria, ainda arraigado na maior parte da população, também não é mais inatingível. Pelo menos no que 11. Análises especiais 96
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO DO RIO DE JANEIRO 2010 depender dos financiamentos, que bateram todos os recordes em 2010. Apenas no primeiro semestre do ano passado, foram fechados mais de 575 mil contratos e emprestados cerca de R$ 34 bilhões. Nesse contexto, podemos dizer que há uma tendência de crescimento no movimento de aquisição de imóveis como forma de investimento, tanto para pessoas físicas quanto para empresas. 11.2.1. Ruas de grife Vieira Souto, Avenida Atlântica, Eduardo Guinle, Rui Barbosa, Epitácio Pessoa, Delfim Moreira, Sernambetiba e Prefeito Mendes de Morais. O que esses oito logradouros, localizados nos bairros de Ipanema, Copacabana, Botafogo, Flamengo, Lagoa, Leblon, Barra da Tijuca e São Conrado, respectivamente, têm em comum? Eles fazem parte do imaginário coletivo dos cariocas como os que ostentam os valores do m² mais altos da cidade. Além de serem referência, estão entre os sonhos de consumo de grande parte da população. Pesquisas revelam: os preços do metro quadrado chegam a ser 53,1% mais altos que nas áreas consideradas nobres. No Leblon, foram pesquisadas as Ruas João Lira, Gen. Artigas, Venâncio Flores, Gen. Urquiza, José Linhares, Delfim Moreira, Carlos Góis e Rita Ludolf. O metro quadrado custa R$ 18.233, valor 53,1% maior que os R$ 11.907 do restante do bairro. Ressalte-se que para esta pesquisa não foram consideradas coberturas, flats e imóveis novos. Ipanema ocupa a segunda colocação. Os dados das Ruas Barão da Torre, Redentor, Vieira Souto, Joana Angélica e Aníbal de Mendonça comprovam: o metro quadrado, ali, custa R$ 17.885, valor 42,9% maior que os R$ 12.513 das demais áreas. São Conrado vem em seguida. Na Avenida Prefeito Mendes de Morais, na praia, o m² para venda custa R$ 9.856, número 42,5% mais elevado que o registrado nas demais ruas (média de R$ 6.916). 11. Análises especiais O principal fator para algumas dessas áreas se sobressaírem é a vista privilegiada para o mar, o que tradicionalmente encarece os imóveis no Rio de Janeiro. Todos os locais analisados contam com ampla rede de comércio, serviços e lazer. É importante destacar que a escassez de novos empreendimentos e a pouca oferta de terrenos geram aumento de preços. Além disso, os pontos nobres representam status, é como se fossem de grife. 97
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