entrevista CARLOS GONÇALVES, DIRETOR DA FILOURÉM É FUNDAMENTAL UMA COMUNICAÇÃO SINCERA, TRANSPARENTE E CONSISTENTE
A FILOURÉM INICIOU O ANO 2022 COM A INTRODUÇÃO DE NOVAS MARCAS NO SEU PORTFÓLIO. ESTE REFORÇO PRENDE ‐SE ESSENCIALMENTE COM A NECESSIDADE DE TER UMA OFERTA CADA VEZ MAIOR, MAIS VASTA E MAIS APELATIVA PARA QUEM PROCURA OS SEUS PRODUTOS E SERVIÇOS. EM ENTREVISTA AO JO, CARLOS GONÇALVES EXPLICA OS OBJETIVOS DESTE ALARGAMENTO DA OFERTA E AUMENTO DE STOCK Com o intuito de alargar o seu portfólio e consequentemente aumentar a oferta aos seus clientes, a Filourém tem acrescentado, desde o início do ano, novas marcas à sua oferta. Com esta estratégia, pretende ter diferentes alternativas para a mesma referência, seja para colmatar ruturas de stock de uma determinada marca, seja para ter diversas opções ao nível da relação preço/qualidade. SKF, Dayco, Bendix e Gauss, são algumas <strong>das</strong> novas marcas comercializa<strong>das</strong> para Filourém. Qual a razão de terem apostado nestas marcas? Estas marcas vêm no seguimento de uma estratégia que visa o alargamento da nossa oferta e em tornar o nosso portfólio mais abrangente, dinâmico e diversificado. Se por um lado a SKF, Dayco e Bendix são marcas de 1.º equipamento, que muito nos orgulha adicionar ao nosso stock, mas que são linhas de material que já possuíamos e nos permite ter mais alternativas de elevada qualidade; já a GAUSS acaba por ser uma inovação numa tipologia de material que não estava muito explorada internamente e tem sido uma agradável surpresa, pelo feedback positivo dos clientes ao nível da qualidade e pelo preço competitivo. Considera que para crescer têm de aumentar o vosso portfólio de marcas? Sim, sem dúvida. No setor do Aftermarket, não avançar, não crescer ou inovar, na maioria <strong>das</strong> vezes é sinónimo de um decréscimo acelerado. Como falamos um pouco nas questões anteriores, o alargamento da oferta e aumento de stock é fundamental. Se no início do ano tivemos o alargamento com as marcas que já referimos, entretanto adicionámos também a VALEO, FTE e 3 RG. Hoje, uma <strong>das</strong> maiores exigências do mercado é “TER” produto e deixa ‐nos muito satisfeitos ter três ou quatro soluções diferentes de forma a satisfazer o nosso cliente, O aumento do número de marcas e de referências exige mais espaço de armazenamento. Como estão a resolver esta situação para aumentar o vosso stock? Sem dúvida que o aumento de stock necessita de mais recursos espaciais; a nossa ideia assentou em duas estratégias cumulativas: 1) construção de dois novos espaços, aumentando a área útil de armazenamento e 2) otimização e reorganização dos espaços que já tínhamos, isto foi absolutamente vital. A curto prazo queremos aumentar pelo menos em 30% o espaço disponível. Como é constituída a oferta atual da Filourém, a nível de marcas e gamas de produtos? Mantemos as nossas marcas tradicionais (Japko, Birth, Febi, Mahle, Bremsi, Topran), as novidades já referi<strong>das</strong> entre muitas outras marcas que complementam a nossa oferta e que nos ajudam a manter um stock equilibrado. A nossa gama refere ‐se essencialmente à parte mecânica, varia<strong>das</strong> linhas de material e para a maioria dos veículos europeus e asiáticos. Quais as marcas e produtos mais fortes que a Filourém tem no seu portfólio? Para nós, to<strong>das</strong> as marcas são importantes. Pensamos que esta complementaridade entre os diversos fornecedores com as respetivas linhas de material é fundamental para o nosso equilíbrio e para ter uma oferta atrativa para o nosso cliente. No entanto, poderemos destacar algumas marcas como a Japko, Birth, Mahle, Bremsi, Febi e Bendix. Está previsto o lançamento de mais novas marcas ainda este ano? Este ano já fizemos um esforço considerável no sentido de aumentar o nosso stock, em quantidade, qualidade e em novas marcas, mas é sempre uma questão a considerar. Não fechamos a porta a oportunidades que possam ser mais valias para os nossos clientes e consequentemente para nós. E o lançamento de uma marca própria, já foi considerado? De facto, já foi considerado, mas tendo em conta o foco nas obras em curso e no alargamento do nosso portfólio de marcas já existentes, teremos que equacionar esse cenário no futuro. E uma rede própria de oficinas? Para já, é algo que não está nos nossos planos de curto ‐médio prazo; poderá ser uma realidade, mas neste momento não está nas nossas prioridades. A digitalização do negócio, através de plataformas B2B assume uma importância cada vez maior na relação com os vossos clientes retalhistas. Como define a vossa plataforma B2B a nível de rapidez e eficiência? É algo ingrato sermos nós a qualificar a nossa plataforma porque estamos muito satisfeitos com ela, mas podemos defini ‐la como clara, rápida e eficiente. A transparência e assertividade é fundamental para nós e para isso só pretendemos que apareçam nas pesquisas, itens do nosso portfólio. Desejamos que exista sempre stock, mas mesmo que apareça a “vermelho”, são só produtos que existem realmente na Filourém, não aparecendo o que não comercializamos. O que tem feito a Filourém a nível de formação técnica para os seus clientes, de forma a ajudá ‐los a estarem atualizados com as novas tecnologias? Em 2019, quando começámos a pensar numa estratégia de formação técnica para os nossos clientes, apareceu o Covid, que nos levou a recuar um pouco; entretanto iniciámos as remodelações nas infraestruturas e não temos realizado as formações que gostaríamos. Estão a ser prepara<strong>das</strong> e teremos novidades muito em breve. Qual é a vossa estratégia de relacionamento com os clientes. Quantos comerciais têm a visitar os vossos parceiros do retalho? Proximidade. As empresas, as instituições, as escolas não são só números, são forma<strong>das</strong> por pessoas. É fundamental uma comunicação sincera, transparente e consistente. Mesmo em situações mais delica<strong>das</strong> somos frontais e tentamos melhorar. Relativamente a comerciais, neste momento temos quatro a visitar os nossos clientes. O que os clientes mais valorizam na Filourém? Aqui, estamos tentados a dizer que são eles as pessoas mais indica<strong>das</strong> para responder (risos…). No entanto, penso que a proximidade que acabámos de referir é importante, bem como alguns produtos muito específicos que nós temos; chamamos os “nichos” de mercado que nos criam oportunidades de negócios e depois vendemos naturalmente também os outros produtos mais tradicionais e correntes. Penso que o nosso site também é bastante in‐ A FILOURÉM, COM O INTUITO DE ALARGAR O SEU PORTFÓLIO E CONSEQUENTEMENTE AUMENTAR A OFERTA AOS SEUS CLIENTES, TEM ACRESCENTADO, DESDE O INÍCIO DO ANO, NOVAS MARCAS À SUA OFERTA www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Setembro I 22 47