25.08.2015 Views

Untitled - Luso Livros

Untitled - Luso Livros

Untitled - Luso Livros

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

— Dou ... Em parte nenhuma posso ser mais feliz do que sou aqui ... Paraque hei de eu ver coisas novas, se vejo tudo o que desejo?— Mas as impressões novas não tolhem o gozo das antigas.,.— A tua vontade, Guilherme.— Eu desejava que ouvisses uma das primeiras cantoras da Europa...Desejo eu mesmo ouvi-la; mas não sem ti.— Iremos... Que tempo se está no teatro?... Três horas?— Pouco mais ou menos. — São três horas, que não passarão tão depressacomo as nossas daqui... Não importa, vamos ao teatro...Foram. Apenas se ouviu correr a chave de um camarote, estando o pano emcima, convergiram as atenções para a segunda ordem. Augusta foi saudadacom uma bateria de binóculos. Viram aparecer uma bela mulher, vestida depreto, sozinha, sentar-se, e não mais tirar os olhos do palco.— Quem é? — perguntava D. Cecília a D. Margarida, sua vizinha decamarote. (Tinham-se reconciliado no jantar de despedida de Guilherme.)— Não sei... será da província...— É vistosa!— Daqui parece-o.— Eu só lhe vejo o perfil.— Também eu. Pela imobilidade parece parvalheira.— E todos os óculos da plateia voltados para lá!... Que espanto!— Será ela ...— O quê? ...— Alguma ...— Nada... não vinha ao teatro italiano para a segunda ordem...— Mas sozinha... Estas reflexões de uma adorável “inocência” foramcortadas pela aparição de Guilherme do Amaral. O ciciar dos camarotes fez ocontralto do rumor, em basso profundo, que correu na plateia. O provinciano,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!