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Untitled - Luso Livros

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— Resiste ao menor desejo!... E ingratidão!— Não diga tal, que me magoa mais do que pode imaginar...— Consente, ao menos, que esta sua vizinha, que veio comigo, a sirva?— Pois sim, enquanto eu não puder trabalhar.— Deixa-me dar ordens à minha vontade?— Não, senhor... Essa mulher virá falar comigo; eu lhe pedirei o quepreciso.— E virei aqui todos os dias vê-la.— Não, não venha, de joelhos lhe pediria este favor se não contasse com asua generosidade. Não me visite... Eu lhe farei saber o meu estado... Se eu mevir em perigo de vida, virá então, porque lhe quero deixar algumas palavraspara o seu amigo.— Não confia em mim!... Pensei que lhe merecia a condescendência depoder visitá-la!...— Merece-a; mas, se o seu fim é aliviar os meus sofrimentos, creia queseria inútil a sua vinda a este sepulcro... O que eu não puder fazer sozinhacomigo, ninguém o fará.— E não deseja que eu lhe dê notícias de Guilherme?— Não desejo, nem quero... Se o Guilherme fosse infeliz, interessava-mesaber que o era, para ao menos imaginar o modo de lhe ser útil, ou chorá-lo,se nada pudesse. Guilherme não é infeliz... As minhas lágrimas não lhepesarão na consciência... Vá, meu amigo, mande-me a minha vizinha... Tenhomuita sede... não há aqui uma gota de água.O jornalista saiu, entrou nas escadas da Sra. Ana, deu-lhe dinheiro, todo odinheiro que tinha, e muitas palavras afetuosas, com promessa de lhe dartodos os sábados uma igual quantia para suprir a todas as precisões deAugustaA Sra. Ana, espantada da liberalidade do novo pretendente, segundo ela, foidesveladamente servir a costureira, começando pela limpeza da casa.Augusta chamou-a,— e disse-lhe:

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