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Untitled - Luso Livros

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que adquirira nome de excêntrico, fixava o óculo na atriz, e voltava paraAugusta o rosto afetuoso da amabilidade de um namorado. Camarotes eplateia eram-lhe indiferentes. Nem por lá passeou um desses olhares que nãodizem nada.— Não admiras o descaramento, Cecília?! — disse a filha do barão daCarvalhosa.— É incrível!... Está toda a gente espantada!...— Será da beleza da costureira...— Qual beleza! Ela não é nem metade do que diziam...— E muito amarela.— Amarela, não, é pálida; mas aquele penteado!... Quem usa agora decachos!?— E não a achas tão estreita dos ombros?— Acho... o que lhe faz o seio é o algodão...— A mão é grande,— Está feito!... Isso não tem ela mau... mas a maneira de pegar no óculonão desmente a antiga costureira de suspensórios...— Mas olha os tolos, que não tiram de lá a vista!...— Hão de dizer bonitas coisas na plateia...— É uma falta de respeito à opinião pública...— Uma imoralidade.— Um caso novo...— Está desacreditado o tal leão de costureiras.— É digno dela... Descera o pano, e abriu-se a porta do camarote deGuilherme. Era o jornalista, a quem o amigo cedeu o lugar. Nada maisurbano, mais reverencioso que a postura do poeta conversando com Augusta.— Está satisfeita, minha senhora?— Estou bem.

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