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Untitled - Luso Livros

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— Pois se eu estive com ela, há de haver hora e meia!— Muito obrigado... E sabe dizer-me se ela estará em casa?— Está, sim, senhor. Tenho estado sempre à janela, dei fé de ela fechar opostigo, e não voltou a entrar nem sair ninguém.Agradecido... Aqui tem vossemecê uma pequena recompensa do serviço queme fez.Ana aceitou sem repugnância um cruzado novo; mas não prescindiu de saberquem lho dava.— Então vossa senhoria conhece Augusta?— Conheço...— E conhece também o senhor Guilherme, que tão mau pago lhe deu?— Pois vossemecê conhece o senhor Guilherme?— Está bom se conheço! Sei todas estas coisas desde o seu princípio. Foiele quem me foi chamar ao arraial de Miragaia, na véspera de São Pedro, paravir estar com ela, quando lhe morreu a mãe... Ora diga-me, ainda que eu sejaconfiada, o senhor Guilherme deixou a rapariguinha?— Não, senhora...— Então foi ela que lhe fugiu?— Também não... Se vossemecê me dá licença, não me demoro mais...— Pois vá, vá com Deus; eu não me importa saber a vida alheia; e, se fornecessário alguma coisa, estou aqui pronta. Nós somos uns para os outros.O jornalista colou o ouvido à fechadura da porta, e não ouviu rumor algum.Voltou-se para a janela da peixeira, e disse-lhe, por acenos, que não ouvianada. A Sr.? Ana, frenética e serviçal, desceu para a rua, e veio confirmar aopoeta que Augusta estava em casa, dando-lhe como prova o estar a chave pordentro.Foi nesse comenos que Augusta soltara um grito, e o jornalista batera naporta.— Estará ela a matar-se!... — disse a vizinha.

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