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Capítulo III<br />
S e c ç ã o VII<br />
C o n t r a a c i v i l i z a ç ã o<br />
É compreensível que, divergindo tão profundamente<br />
da tradição missionária católica, os missiólogos<br />
«atualizados» formulem graves objeções contra<br />
ela.<br />
Bem como contra o glorioso corolário, que era<br />
sua ação civilizadora.<br />
3 0 - O s m é to d o s de A n c h ie ta<br />
e N ó b re g a a c a rre ta ria m<br />
a d e s a g re g a ç ã o e m o rte d o s in d io s<br />
Do documento Y-Juca-Pirama — O índio: aquele<br />
que deve morrer, assinado por Bispos e missionários:<br />
« Todos hão de concordar que «em nome de uma<br />
política de integração, que não integrou nem mesmo<br />
os civilizados, não se pode violentar uma cultura que,<br />
embora primitiva, tem garantido a subsistência secular<br />
desses povos. A sociedade civilizada só terá o<br />
direito de falar em integração do índio no dia em que,<br />
em seu meio, não houver ninguém morrendo de fo <br />
me» (O P o p u l a r — Goiânia — 22/11 /1973).<br />
«Há séculos — afirmam os irmãos Villas Boas<br />
sobre os índios — sobrevivem graças à caça, à pesca e<br />
a uma rudimentar agricultura. São felizes com suas<br />
crenças e seus rituais belíssimos. Por que então destruir<br />
essa cultura secular? Apenas para impor nosso<br />
sistema de vida aos índios? Civilizar para que? Destruir<br />
a organização tribal existente e depois deixar os<br />
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