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Vozes missionárias “aggiornate'<br />
novos mundos. «Colonizar» e «civilizar» já deixaram<br />
de ser para mim verbos humanos. Como não o são,<br />
aqui onde vivo e sofro, as novas fórmulas colonizadoras<br />
de «pacificar» e «integrar» os índios. Imperialismo,<br />
Colonialismo e Capitalismo merecem, no meu<br />
«credo», o mesmo anátema. Repugnam-me os monumentos<br />
aos descobridores e aos bandeirantes. O monumento<br />
a Anhanguera em praça pública em Goiânia<br />
me dói fisicamente» (doc. 33, p. 176).<br />
COMENTÁRIO<br />
Sem dúvida a colonização, na América como fora<br />
dela, venceu por vezes mediante a prática de crimes<br />
execráveis.<br />
Isto não obstante, é absurdo afirmar que a colonização<br />
é intrinsecamente má. E mais ainda, que o são<br />
os descobrimentos.<br />
É contra a verdade histórica sustentar que na<br />
colonização das Américas tudo não foi senão crime.<br />
E que dela não decorreram para a humanidade vantagens<br />
consideráveis.<br />
A unilateralidade das apreciações de D. 'Casaldáliga<br />
se patenteia especialmente nas duas últimas<br />
frases do tópico, as quais não apontam nos «descobridores»<br />
e «bandeirantes» senão malfeitores.<br />
S e cç& o XII<br />
«In d e p e n d ê n c ia o u m o rte !» p r o c la m a d a<br />
n o B r a s i l , c o n t r a o B r a s il<br />
O brado histórico de «Independência ou morte!»,<br />
os clérigos agitadores o querem transformar num<br />
brado de revolta e separação dos indígenas contra os<br />
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