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Capítulo III<br />
munista Internacional, como se vê pelo documento<br />
que segue.<br />
4 7 . In d io , m a té ria -p rim a<br />
p a ra a a g ita ç ã o c o m u n ista<br />
Escreve Walter Kolarz, da BBC de Londres, conhecido<br />
especialista em assuntos do comunismo:<br />
«A Segunda Declaração de Havana invocou o<br />
caso dos índios, dos mestiços, dos negros e dos mulatos<br />
na esperança de encontrar, nesses grupos raciais,<br />
um poderoso exército de reserva da revolução. [...].<br />
Essas questões raciais estavam sendo suscitadas na<br />
Declaração de Havana com especial persistência, e as<br />
passagens em apreço lembram várias declarações sobre<br />
a América Latina feitas pela Internacional Comunista<br />
de antes da guerra na qual o problema dos<br />
índios costumava ocupar lugar importante.<br />
«Já em 1928, por ocasião do Sexto Congresso da<br />
Internacional Comunista, os partidos da América Latina<br />
foram instruídos para elaborarem «toda uma<br />
série de medidas especiais relativas à autodeterminação<br />
para as tribos de índios, à propaganda especial<br />
nas próprias línguas, deles e aos esforços especiais<br />
para conquista de elementos importantes entre eles».<br />
Em resposta a essa orientação geral, os comunistas<br />
peruanos advogaram a formação das repúblicas de<br />
Quechuan e Aymaran, e até o Partido Comunista do<br />
Chile exigiu a criação da república de Arauco, embora<br />
houvesse apenas uns poucos mil índios araucanos<br />
nas partes meridionais do país. Já em 1950 os comunistas<br />
mexicanos lançavam o «slogan»: «autonomia<br />
na administração local e regional» para os povos<br />
indígenas.<br />
«Não obstante as asserções contidas na «Declara-<br />
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