Livro profético- Tribalismo Indígena

Capitulo III
«Ademais, os próprios pais sucumbiam a seus
problemas velhos: egoísmos, ciúmes, rejeições..., já
que a capacidade de doar sua intimidade a qualquer
pessoa do grupo sem distinção alguma supõe um tal espírito
de renúncia. próximo à mutilação pessoal». [...].
«Be qualquer maneira, o fracasso constante da
experiência não destrói sua verve crítica e sua boa
intendo. Seu valor está sobretudo em que tentou viver
a comunidade, não só como forma de coesão entre
os membros, mas como forma concreta de associação
humana.
«Abstraímos aqui de qualquer ponto de vista ético,
que, conforme as várias concepções, poderia repelir
de antemão a experiência escandinava, por ferir a
valores considerados mais básicos na personalidade
humana. O exemplo conserva, contudo, seu valor,
porque se quis uma das formas mais radicais de comunitarização
[...]. Não é, porém, da competência do
sociólogo discutir a qualidade ética de tais enfoques.
«[...] a comunidade é uma genuína utopia. Não
essa de atrair os homens e é capaz de injetar neles
um . entusiasmo sem precedentes. É um fermento que
a história não perde, mas renova. Sob as agruras da
vida diária, cheia de problemas e misérias, lateja continuamente
um movimento de estranha profundeza e
que se perde em esperanças absolutas irrealizáveis: a
saudade por um mundo melhor, por homens mais
humanos, por sociedades mais igualitárias; o anseio
por um paraíso perdido, mas talvez recuperável a
certa altura da história [...]» (doc. 8, pp. 104—107).
COMENTÁRIO
A formação de pequenas «repúblicas comunistas»
no interior de um Estado fortemente socializado como
na península escandinava, pode teoricamente fazer-se
por etapas. Sobre tais etapas, as realizações e
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