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Capítulo III<br />
outras atividades, entre as quais a sexual. Assim, com<br />
o progresso da civilização foi-se impondo uma repressão<br />
da vida sexual (livre no primitivo). Pouco a pouco<br />
essa repressão foi adquirindo regras, códigos morais<br />
cada vez mais rígidos. Com o correr do tempo<br />
esses códigos foram sendo assumidos pelo pensamento<br />
religioso, que os tornava mais suportáveis com a<br />
promessa de uma vida feliz após a morte. Isto permitia<br />
ao homem suportar tanto a dominação como a<br />
repressão sem revoltar-se» (doc. 7, pp. 25—27).<br />
COMENTÁRIO<br />
O texto leva o arcaísmo a um requinte espantoso,<br />
pois deixa transparecer saudades de uma hipotética<br />
era de ouro anterior à agricultura, a do nomadismo.<br />
Estabelecida a agricultura, daí se teriam desdobrado<br />
múltiplas conseqüências, das quais a primeira<br />
seria o estabelecimento da propriedade privada.<br />
No decorrer da leitura, percebe-se que essas conseqüências<br />
formam uma verdadeira cascata de infelicidades...<br />
E nasce a sociedade contemporânea.<br />
Todo o pensamento aqui expresso deve logicamente<br />
conduzir ao entusiasmo pelos aspectos comunistas<br />
que também os neomissionários aplaudem no<br />
primitivismo tribal de nossos índios.<br />
8 . U to p ia , s im ; m a s ideal p a ra o qual<br />
se d e ve te n d e r c o n tin u am e n te<br />
Considerações de um ensaio publicado na coleção<br />
«Estudos da CNBB»:<br />
«Será interessante ainda chamar a atenção para<br />
um exemplo muito ilustrativo, ocorrido preferentemente<br />
na Escandinávia, embora muito esparso e ain<br />
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