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Capitulo III<br />
S e c ç ã o |<br />
C o m u n id a d e d e b e n s<br />
Nos tópicos desta Secção são enunciados e elogiados<br />
diversos conceitos sobre matéria sócio-econômica<br />
que constituem elementos essenciais da doutrina<br />
comunista: negação da propriedade privada, da iniciativa<br />
individual, do lucro, da caridade etc. (6).<br />
Se a missiologia «atualizada» elogiasse a comunidade<br />
de bens implantada nos países comunistas, expor-se-ia<br />
sem dúvida a críticas e refutações incômodas.<br />
Esquivando, pois, o perigoso assunto, ela faz a<br />
apologia do sistema de vida dos índios. A tal propósito,<br />
exalça a comunidade de bens inerente ao sistema,<br />
e aproveita a ocasião para invectivar a propriedade<br />
privada, em prática nas nações civilizadas do Ocidente.<br />
Perguntar-se-ia que efeito concreto resulta desse<br />
procedimento, para a missiologia aggiornata. Pois<br />
dos textos dela aflora claramente uma tendência<br />
doutrinária pró-comunista.<br />
O fato, porém, é que o elogio torrencial da missiologia<br />
aggiornata à propriedade comum vigente nas<br />
tribos indígenas nem de longe levantou entre nós a<br />
celeuma que a apologia das sociedades comunistas de<br />
além cortina de ferro provocaria.<br />
(6) Os destaques em negrito nos textos citados são sempre<br />
nossos.<br />
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