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ORIENTAÇÕES CURRICULARES Proposição de Expectativas de ...

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20 <strong>ORIENTAÇÕES</strong> <strong>CURRICULARES</strong> <strong>Proposição</strong> <strong>de</strong> <strong>Expectativas</strong> <strong>de</strong> Aprendizagem - Língua Portuguesa para Pessoa Surda<br />

Solé faz referência à motivação como mais um elemento que interfere na<br />

compreensão do texto. Ressalta que, para que uma pessoa possa se envolver<br />

em uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> leitura é necessário que se sinta capaz <strong>de</strong> ler, <strong>de</strong><br />

compreen <strong>de</strong>r o texto que tem nas mãos <strong>de</strong> forma autônoma ou contando com<br />

a ajuda <strong>de</strong> uma pessoa mais experiente, caso contrário, o que po<strong>de</strong>ria ser um<br />

prazer po<strong>de</strong> se transformar em um sério ônus e provocar o <strong>de</strong>sânimo, o abandono<br />

e a <strong>de</strong>smotivação. A autora lembra que uma ativida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser motivadora<br />

se o conteúdo estiver ligado aos interesses da pessoa que tem que ler e se a<br />

tarefa correspon<strong>de</strong> a um objetivo.<br />

Em relação ao papel do professor no processo <strong>de</strong> compreensão do texto<br />

pelos alunos, Solé (1998) lembra que cabe a ele: incentivar o aluno a ler, ajudando-o<br />

a <strong>de</strong>scobrir as diversas utilida<strong>de</strong>s da leitura em situações que promovam­sua­aprendizagem­significativa;­proporcionar­os­recursos­necessários­paraque­o­aluno­possa­enfrentar­com­segurança,­confiança­e­interesse­a­ativida<strong>de</strong><strong>de</strong>­leitura;­e­transformá-lo­em­leitor­ativo,­isto­é,­em­alguém­que­sabe­por­que­lêe<br />

que assume sua responsabilida<strong>de</strong> ante a leitura, fazendo uso <strong>de</strong> seus conhecimentos,<br />

experiências e levantando expectativas e questionamentos.<br />

Como o professor já conhece o texto, ele po<strong>de</strong> servir <strong>de</strong> orientador para as<br />

predições sobre o <strong>de</strong>senvolvimento do tema, fornecendo ao aluno as pistas necessárias.<br />

Cabe ao professor, também, uma análise cuidadosa do vocabulário<br />

do­texto­a­fim­<strong>de</strong>­<strong>de</strong>terminar­que­palavras,­provavelmente­<strong>de</strong>sconhecidas­peloaluno,<br />

po<strong>de</strong>m ser inferidas a partir do contexto, quais não são e quais precisam<br />

<strong>de</strong>­uma­<strong>de</strong>finição­também­contextualizada.<br />

Embora­Fulgêncio,­Liberato­e­Solé­se­refiram­a­alunos­ouvintes,­os­mesmosprocedimentos<br />

<strong>de</strong>vem ser tomados no ensino da Língua Portuguesa aos alunos<br />

surdos. O professor <strong>de</strong>ve mobilizar conhecimento prévio e orientar os alunos a<br />

usarem tais conhecimentos na compreensão da leitura e na produção da escrita.<br />

Cabe ao professor, também, ensinar os alunos a ler com diferentes objetivos<br />

para que se tornem leitores autônomos. Além disso, o professor <strong>de</strong>ve motivar os<br />

alunos surdos a ler e, para isto, <strong>de</strong>ve selecionar textos interessantes e que possam<br />

ser entendidos pelos alunos.<br />

Lane, Hoffmeister e Bahan (1996) enfatizam a importância dos textos como<br />

fonte <strong>de</strong> conhecimento e lembram que, quanto mais se lê, maior é a amplitu<strong>de</strong><br />

e a profundida<strong>de</strong> do que se po<strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r. Criticam os materiais <strong>de</strong> leitura<br />

<strong>de</strong> baixo nível apresentados aos alunos surdos, os quais contribuem em gran<strong>de</strong><br />

parte­para­as­dificulda<strong>de</strong>s­que­esses­apresentam.<br />

A atribuição <strong>de</strong> material empobrecido para os alunos surdos lerem <strong>de</strong>corre,<br />

principalmente, da imagem que o professor tem do seu aluno. Muitos professo-

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