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ORIENTAÇÕES CURRICULARES Proposição de Expectativas de ...

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28 <strong>ORIENTAÇÕES</strong> <strong>CURRICULARES</strong> <strong>Proposição</strong> <strong>de</strong> <strong>Expectativas</strong> <strong>de</strong> Aprendizagem - Língua Portuguesa para Pessoa Surda<br />

1º­-­o­livro­constitui­o­foco­da­atenção;<br />

2º - as crianças vão acompanhando, pelas imagens, a leitura feita pelos<br />

adultos e vão parando para contar os <strong>de</strong>talhes que completam a narração.<br />

As imagens atuam, portanto, como complementares à informação<br />

da história.<br />

Macchi e Veinberg (2005) ressaltam que, no caso das crianças surdas, ao<br />

contar uma história, o narrador cria um cenário no ar. Os personagens são localizados<br />

no espaço e a narrativa se <strong>de</strong>senvolve levando em conta o contexto. O<br />

narrador encena a narração que está contando, faz com que seus receptores<br />

percebam as características dos personagens a partir da sua narrativa. Isto significa­que­o­narrador­<strong>de</strong>­uma­história­<strong>de</strong>ve­usar­fluentemente­a­língua­<strong>de</strong>­sinais:os<br />

sinais, o espaço, a expressão corporal e facial, a sintaxe e todos os elementos<br />

que compõem a língua <strong>de</strong> sinais.<br />

Na leitura <strong>de</strong> uma história na língua <strong>de</strong> sinais, o leitor <strong>de</strong>ve respeitar o texto<br />

escrito e traduzi-lo para a língua <strong>de</strong> sinais. Como em qualquer situação <strong>de</strong><br />

leitura para crianças pequenas, o leitor po<strong>de</strong>rá incluir comentários, ampliar a<br />

informação etc (Macchi e Veinberg, 2005).<br />

Além dos livros <strong>de</strong> história, as crianças surdas <strong>de</strong>vem ter acesso a outros<br />

materiais escritos, como revistas em quadrinhos, receitas culinárias e regras <strong>de</strong><br />

jogo. O professor <strong>de</strong>verá interpretar o conteúdo dos textos na língua <strong>de</strong> sinais,<br />

sempre se preocupando em se reportar ao texto escrito para que as crianças<br />

percebam que o que está sendo sinalizado se refere ao que está escrito.<br />

Macchi e Veinberg apresentam quinze princípios propostos por Schleper<br />

(1992) para facilitar o processo <strong>de</strong> leitura para crianças surdas. São eles 3 :<br />

1.<br />

2.<br />

3.<br />

o leitor surdo traduz a história usando língua <strong>de</strong> sinais. Os sinais, os <strong>de</strong>senhos<br />

e as expressões faciais comunicam o significado da história. Os<br />

leitores indicam palavras específicas na história.<br />

o leitor surdo mantém as duas línguas visíveis – as histórias são relatadas<br />

na língua <strong>de</strong> sinais e simultaneamente os leitores surdos fazem referência<br />

ao texto escrito. O livro fica aberto.<br />

o leitor surdo não se restringe ao texto – ao ler a história, ele expan<strong>de</strong> a<br />

informação, isto é, acrescenta <strong>de</strong>talhes ao que acontece no livro.<br />

3 Os princípios foram traduzidos do espanhol.

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