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ORIENTAÇÕES CURRICULARES Proposição de Expectativas de ...

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22 <strong>ORIENTAÇÕES</strong> <strong>CURRICULARES</strong> <strong>Proposição</strong> <strong>de</strong> <strong>Expectativas</strong> <strong>de</strong> Aprendizagem - Língua Portuguesa para Pessoa Surda<br />

1.4 Orientações didáticas gerais<br />

O Projeto Pedagógico da escola para surdos <strong>de</strong>ve possibilitar o acesso ao<br />

mundo pela visão, o que inclui a Língua Brasileira <strong>de</strong> Sinais, a Língua Portuguesa<br />

na modalida<strong>de</strong> escrita, o uso <strong>de</strong> imagens e <strong>de</strong> outros recursos visuais.<br />

A Língua Brasileira <strong>de</strong> Sinais tem, para as pessoas surdas, a mesma função<br />

que a Língua Portuguesa na modalida<strong>de</strong> oral tem para as ouvintes e é ela, portanto,<br />

que vai possibilitar às crianças surdas atingirem os objetivos propostos pela<br />

escola, incluindo o aprendizado da Língua Portuguesa na modalida<strong>de</strong> escrita.<br />

Numa educação bilíngüe, como proposta pelo Decreto Fe<strong>de</strong>ral nº 5626, <strong>de</strong><br />

22 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2005, a Língua Portuguesa é consi<strong>de</strong>rada a segunda língua<br />

dos­alunos­surdos,­o­que­significa­que­seu­aprendizado­vai­se­basear­nas­habilida<strong>de</strong>s<br />

lingüísticas adquiridas na Língua Brasileira <strong>de</strong> Sinais:<br />

É na leitura que elas vão fazer suas hipóteses sobre o funcionamento da<br />

Língua Portuguesa. As hipóteses elaboradas visualmente serão testadas à medida<br />

que as crianças surdas tenham acesso as ativida<strong>de</strong>s que envolvam a escrita.<br />

Primeiramente, elas <strong>de</strong>vem apren<strong>de</strong>r que aquilo que é expresso na língua<br />

<strong>de</strong> sinais po<strong>de</strong> sê-lo na Língua Portuguesa escrita. Para isto, o professor <strong>de</strong>ve<br />

introduzir recursos didáticos, como escrever em Língua Portuguesa aquilo que<br />

as crianças surdas expressam na Língua Brasileira <strong>de</strong> Sinais. Nestas situações, o<br />

professor <strong>de</strong>ve mostrar às crianças que se trata <strong>de</strong> duas línguas e, assim que<br />

as crianças <strong>de</strong>monstrarem interesse, <strong>de</strong>ve começar a apontar diferenças <strong>de</strong><br />

funcionamento da Língua Portuguesa, baseando-se no conhecimento que as<br />

crianças já têm da língua <strong>de</strong> sinais.<br />

Na medida em que vão ampliando seu conhecimento da escrita, as crianças<br />

surdas vão aprimorando as suas hipóteses, as quais não sofrem a interferência<br />

dos sons. Fernan<strong>de</strong>s (2003) observou que as crianças surdas, quando<br />

apren<strong>de</strong>m a escrever, apresentam trocas <strong>de</strong> letras, espelhamento, formação<br />

<strong>de</strong>­palavras­por­associação,­enfim­todos­os­fenômenos­observados­na­escrita<strong>de</strong><br />

crianças ouvintes. No entanto, a pesquisadora não observou, em seus dados,<br />

substituições <strong>de</strong> “s” por “z”, tão comuns na escrita <strong>de</strong> crianças ouvintes no<br />

início do processo <strong>de</strong> escrita.<br />

Para que as crianças surdas aprendam a Língua Portuguesa escrita, é fundamental­<br />

que­ tenham­ acesso­ visual­ a­ ela,­ o­ que­ significa­ que­ a­ leitura­ não­

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