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Fernando Moraes - Ecos del Sur

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CRUZ LEÓN: Não se esqueça: estou desesperado, fodido…<br />

CHÁVEZ ABARCA: Até amanhã. Boa sorte.<br />

260/386<br />

Barrigão não mordeu a isca nem ligou de volta, escapando<br />

da emboscada. Ainda não seria daquela vez que os cubanos iam<br />

pôr as mãos no aliciador de mercenários. Publicada na edição de<br />

10 de setembro do jornal Granma e imediatamente reproduzida<br />

por agências internacionais e correspondentes estrangeiros, a<br />

notícia da prisão de Cruz León repercutiu com estrondo em<br />

Miami. Segundo as autoridades cubanas, o mercenário salvadorenho<br />

era apenas a ponta de um novelo que passava por<br />

Francisco Chávez Abarca, em El Salvador, e terminava em<br />

Miami, onde vivia um septuagenário de 1,90 metro de estatura,<br />

olhos azuis e cabelos brancos, conhecido no underground do terrorismo<br />

como Solo, um dos nomes de guerra de Luis Posada Carriles.<br />

As denúncias afirmavam também que os recursos para financiar<br />

ações terroristas contra Cuba — explosivos, passagens,<br />

hospedagem e contratação de mercenários — vinham dos cofres<br />

da Fundação Nacional Cubano-Americana. Mesmo tendo confirmado<br />

as acusações em entrevista ao jornal The New York Times,<br />

Posada Carriles, que usava as alcunhas de Ramón Medina, Ignacio<br />

Medina, Bambi, Basilio e Lupo, continuava circulando<br />

livremente pelas ruas da Little Havana. Poucas semanas depois<br />

da divulgação da prisão de Cruz León, ele concedeu entrevista à<br />

jornalista Maria Elvira Salazar, da rede de televisão CBS, com a<br />

qual manteve breve e espantoso diálogo:

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