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Manual dos cuidadores de pessoas idosas - Secretaria de ...

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<strong>Manual</strong> <strong>dos</strong> <strong>cuidadores</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoas</strong> i<strong>dos</strong>as<br />

Então, é <strong>de</strong> supor que as mulheres vivam e envelheçam<br />

em melhores condições que os homens?<br />

Muitas i<strong>dos</strong>as tornam-se viúvas e vivem sozinhas por bastante tempo,<br />

algumas ajudam a cuidar <strong>dos</strong> netos. A maioria nunca trabalhou<br />

fora <strong>de</strong> casa, pois, na época em que se casaram, o marido era o<br />

responsável pela manutenção da casa e da família. Antigamente,<br />

também não era comum que as mulheres estudassem e pouquíssimas<br />

chegavam à faculda<strong>de</strong>, por exemplo. Assim, várias i<strong>dos</strong>as <strong>de</strong> hoje<br />

são analfabetas ou estudaram muito pouco, tendo gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s<br />

para ler e escrever e, quando da aposentadoria, têm condições<br />

financeiras precárias.<br />

Tanto quanto os homens, elas apresentam uma ou mais doenças<br />

crônicas simultâneas e sequelas incapacitantes. Como sua sobrevida<br />

é maior, vivem um longo período <strong>de</strong> sua velhice com limitações no<br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s cotidianas e po<strong>de</strong>m, assim, necessitar<br />

<strong>de</strong> ajuda.<br />

A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> <strong>pessoas</strong> i<strong>dos</strong>as associadas a doenças e <strong>de</strong>pendência tem <strong>de</strong><br />

ser substituída por mudanças que as façam permanecer mais tempo<br />

ativas e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. No entanto, quando isso não for possível, elas<br />

<strong>de</strong>verão ser a<strong>de</strong>quadamente cuidadas.<br />

Como lidar com o lado psicológico e emocional<br />

do envelhecimento?<br />

O estado emocional que apresentamos em <strong>de</strong>terminado momento<br />

da vida é resultado <strong>de</strong> toda uma trajetória construída anteriormente.<br />

Para po<strong>de</strong>rmos enten<strong>de</strong>r por que o i<strong>dos</strong>o reage <strong>de</strong>sse ou daquele<br />

jeito em certas situações, é necessário que nós o conheçamos melhor,<br />

o que só será possível se conversarmos com ele, se ouvirmos sua<br />

história <strong>de</strong> vida e também o que a família e os amigos falam a seu<br />

Para comPreen<strong>de</strong>r o cuidado com a Pessoa i<strong>dos</strong>a<br />

respeito. Isso funciona como um gran<strong>de</strong> “quebra-cabeça”<br />

no qual vamos unindo as peças, uma a uma, e, no<br />

final, temos o retrato real daquele <strong>de</strong> quem cuidamos.<br />

As reações emocionais diante da presença <strong>de</strong> doenças,<br />

<strong>de</strong> mudanças <strong>de</strong> papel e status social, <strong>de</strong> modificações<br />

em sua re<strong>de</strong> <strong>de</strong> suporte social (família, parentes, amigos,<br />

vizinhos etc.) po<strong>de</strong>m diferir muito <strong>de</strong> uma pessoa para<br />

outra. Essas alterações são consequência do processo <strong>de</strong><br />

envelhecimento e exigem que o i<strong>dos</strong>o seja capaz <strong>de</strong><br />

compreendê-las e se adaptar a elas, o que não quer dizer<br />

que esse seja um processo fácil e rápido.<br />

Cada pessoa tem um jeito <strong>de</strong> ser que lhe é próprio, e<br />

esse jeito <strong>de</strong> ser a acompanha <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a infância. Ela não<br />

será melhor ou pior quando ficar velha; somente acen-<br />

As reações<br />

emocionais diante<br />

da presença <strong>de</strong><br />

doenças, <strong>de</strong><br />

mudanças <strong>de</strong> papel<br />

e status social,<br />

<strong>de</strong> modificações<br />

em sua re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

suporte social<br />

(família, parentes,<br />

amigos, vizinhos<br />

etc.) po<strong>de</strong>m diferir<br />

muito <strong>de</strong> uma<br />

pessoa para outra.<br />

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