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Manual dos cuidadores de pessoas idosas - Secretaria de ...

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Perguntas repetitivas<br />

<strong>Manual</strong> <strong>dos</strong> <strong>cuidadores</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoas</strong> i<strong>dos</strong>as<br />

Esse é outro comportamento frequente e igualmente perturbador.<br />

Ele faz sempre as mesmas perguntas até quando o cuidador acabou<br />

<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r a elas. Ele também po<strong>de</strong> repetir as mesmas frases e<br />

gestos constantemente.<br />

É preciso enten<strong>de</strong>r que o problema <strong>de</strong> base <strong>de</strong>ssa pessoa é a memória.<br />

Ela repete as perguntas porque não memorizou as respostas. Cada vez<br />

que pergunta, para ela, é como se fosse a primeira.<br />

Esse comportamento também po<strong>de</strong> expressar insegurança e ser a<br />

tradução <strong>de</strong> um pedido <strong>de</strong> ajuda. É um modo <strong>de</strong> chamar a atenção<br />

e <strong>de</strong> reafirmar sua presença no mundo.<br />

Ações ou frases repetitivas po<strong>de</strong>m expressar aquilo que ela ainda<br />

consegue fazer e que, <strong>de</strong> alguma forma, a interessa ou a preocupa.<br />

Como auxiliar a pessoa i<strong>dos</strong>a Com limitações Cognitivas<br />

Assim, uma mãe com DA po<strong>de</strong> falar ao telefone com o filho to<strong>dos</strong><br />

os dias, em diferentes momentos e sempre perguntar se ele se alimentou<br />

(não importa a hora), se dormiu, se está bem.<br />

O que fazer?<br />

Não adianta se irritar ou tentar argumentar; apenas responda e entenda<br />

que é o máximo <strong>de</strong> elaboração a que a pessoa está conseguindo<br />

chegar. Dizer, por exemplo, “Já respondi mais <strong>de</strong> vinte vezes” só vai<br />

aumentar a insegurança do doente.<br />

É um comportamento <strong>de</strong> fato cansativo, monótono e enervante, mas<br />

não gera perigo algum. Deixe-o perguntar.<br />

Procure respon<strong>de</strong>r à pergunta <strong>de</strong> maneira clara e precisa, lenta e articulada,<br />

e peça a ele que repita o que você disse.<br />

Se a pergunta repetitiva estiver relacionada à hora (“Que horas<br />

são?”), procure relacionar a resposta com alguma ativida<strong>de</strong> (“É<br />

hora do almoço”, “do jantar”, “<strong>de</strong> tomar banho” etc.). A ativida<strong>de</strong><br />

ainda po<strong>de</strong> servir como uma referência <strong>de</strong> tempo, enquanto o<br />

valor da hora provavelmente tenha perdido seu significado<br />

concreto.<br />

O doente segue você por toda parte<br />

Você po<strong>de</strong> representar a única referência <strong>de</strong> segurança que ele ainda<br />

tem; o resto do mundo po<strong>de</strong> parecer hostil e ameaçador.<br />

Po<strong>de</strong> também ser um comportamento mimético, ou seja, o doente<br />

reproduz os gestos, atitu<strong>de</strong>s, idas e vindas do cuidador. Isso ocorre pela<br />

evolução da doença, quando o doente per<strong>de</strong> a autonomia em relação<br />

ao ambiente e passa a imitar o comportamento das <strong>pessoas</strong> ao redor.<br />

Indica <strong>de</strong>pendência social.<br />

Esse comportamento po<strong>de</strong> ainda representar a angústia que a pessoa<br />

sente em ficar sozinha.<br />

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