Manual dos cuidadores de pessoas idosas - Secretaria de ...
Manual dos cuidadores de pessoas idosas - Secretaria de ...
Manual dos cuidadores de pessoas idosas - Secretaria de ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
156<br />
<strong>Manual</strong> <strong>dos</strong> <strong>cuidadores</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoas</strong> i<strong>dos</strong>as<br />
algumas circunstâncias, isso, no entanto, não será possível. Nesse caso,<br />
po<strong>de</strong> ser necessário que o i<strong>dos</strong>o se mu<strong>de</strong> para a casa <strong>de</strong> algum filho ou<br />
outro parente e tenha <strong>de</strong> se <strong>de</strong>sfazer da própria casa para custear seu<br />
tratamento. Isso po<strong>de</strong> ocasionar alguns problemas <strong>de</strong> ajustamento pela<br />
falta <strong>de</strong> referência (<strong>de</strong>ixando-o <strong>de</strong>sorientado), o que po<strong>de</strong> piorar seu<br />
estado mental.<br />
Se essa for a única solução possível, po<strong>de</strong>-se amenizar o impacto da<br />
mudança procurando transformar o “novo” ambiente em algo mais<br />
familiar (<strong>de</strong>ixar o quarto o mais parecido possível com o <strong>de</strong> sua casa<br />
anterior, levar seus móveis, suas fotos, seus quadros). A família que<br />
vai recebê-lo <strong>de</strong>ve ser preparada para isso e enten<strong>de</strong>r que a fase <strong>de</strong><br />
adaptação não será fácil. Crianças e adolescentes têm <strong>de</strong> ser especialmente<br />
orienta<strong>dos</strong>, mostrando-lhes a importância do afeto e<br />
da compreensão <strong>de</strong>les no cuidado a<strong>de</strong>quado a ser dispensado<br />
ao i<strong>dos</strong>o com DA.<br />
Na ausência da opção <strong>de</strong> outra casa ou na indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>cuidadores</strong><br />
em período integral, a institucionalização <strong>de</strong>ve ser vista como<br />
uma opção a<strong>de</strong>quada.<br />
A colocação <strong>de</strong> um parente (pai, mãe, avô ou avó) em uma instituição<br />
para i<strong>dos</strong>os é ainda vista <strong>de</strong> forma pouco positiva em nossa socieda<strong>de</strong>.<br />
Essa postura é <strong>de</strong>corrente do histórico da maioria das instituições,<br />
em especial as relacionadas ao cuidado <strong>de</strong> doentes mentais.<br />
O panorama mudou muito e ten<strong>de</strong> a melhorar com rapi<strong>de</strong>z nos<br />
próximos anos.<br />
Instituições bem equipadas e com uma equipe a<strong>de</strong>quadamente<br />
preparada e treinada po<strong>de</strong>m ser um instrumento <strong>de</strong> cuidado muito<br />
útil tanto para a pessoa i<strong>dos</strong>a quanto para a preservação da unida<strong>de</strong><br />
familiar.<br />
Um filho preocupado em assistir seu parente doente da melhor forma<br />
possível, que não quer <strong>de</strong>ixá-lo <strong>de</strong>sprotegido a maior parte do dia,<br />
Como auxiliar a pessoa i<strong>dos</strong>a Com limitações Cognitivas<br />
mas não po<strong>de</strong> (por compromissos profissionais ou pessoais)<br />
estar a seu lado; que procurou informações sobre<br />
as instituições disponíveis e a<strong>de</strong>quadas para receber<br />
<strong>pessoas</strong> com esse tipo <strong>de</strong> doença; que visitou previamente<br />
as instalações da instituição escolhida; que visita<br />
seu parente regularmente e liga com frequência para a<br />
instituição para saber notícias não po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado<br />
negligente, ingrato ou “mau filho” porque internou seu<br />
parente i<strong>dos</strong>o com DA em uma instituição. Esse é um<br />
conceito que precisa ser modificado.<br />
Enquanto isso, a <strong>de</strong>cisão será sempre difícil, mas precisa<br />
ser encarada como realida<strong>de</strong>.<br />
Para transformar a casa em um ambiente seguro<br />
Se a opção da família é manter a pessoa i<strong>dos</strong>a com DA em sua casa<br />
ou na casa <strong>de</strong> algum parente, é necessário que algumas medidas <strong>de</strong><br />
segurança sejam provi<strong>de</strong>nciadas para evitar aci<strong>de</strong>ntes.<br />
Condições gerais <strong>de</strong> segurança<br />
Na impossibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> o i<strong>dos</strong>o com<br />
DA permanecer na<br />
própria casa ou<br />
na <strong>de</strong> um parente<br />
com <strong>cuidadores</strong> em<br />
período integral, a<br />
institucionalização<br />
<strong>de</strong>ve ser vista<br />
como uma opção<br />
a<strong>de</strong>quada.<br />
Com o avançar da doença, a pessoa i<strong>dos</strong>a torna-se cada vez menos<br />
capaz <strong>de</strong> cuidar <strong>de</strong> si sozinha e em segurança. Alguns princípios <strong>de</strong><br />
segurança gerais po<strong>de</strong>m ser úteis.<br />
1. Prevenção <strong>de</strong> riscos – É muito difícil antecipar o que uma pessoa<br />
com DA po<strong>de</strong> fazer. O fato <strong>de</strong> ainda não ter acontecido nada<br />
<strong>de</strong> grave não significa que não há motivo <strong>de</strong> preocupação, pois<br />
aci<strong>de</strong>ntes sempre po<strong>de</strong>m ocorrer. É recomendável fazer uma<br />
revisão da casa buscando controlar ou minimizar situações <strong>de</strong><br />
possível perigo.<br />
2. Adaptação do ambiente – Será mais fácil modificar o ambiente<br />
do que mudar a maioria <strong>dos</strong> comportamentos da pessoa doente.<br />
157