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Manual dos cuidadores de pessoas idosas - Secretaria de ...

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<strong>Manual</strong> <strong>dos</strong> <strong>cuidadores</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoas</strong> i<strong>dos</strong>as<br />

algumas circunstâncias, isso, no entanto, não será possível. Nesse caso,<br />

po<strong>de</strong> ser necessário que o i<strong>dos</strong>o se mu<strong>de</strong> para a casa <strong>de</strong> algum filho ou<br />

outro parente e tenha <strong>de</strong> se <strong>de</strong>sfazer da própria casa para custear seu<br />

tratamento. Isso po<strong>de</strong> ocasionar alguns problemas <strong>de</strong> ajustamento pela<br />

falta <strong>de</strong> referência (<strong>de</strong>ixando-o <strong>de</strong>sorientado), o que po<strong>de</strong> piorar seu<br />

estado mental.<br />

Se essa for a única solução possível, po<strong>de</strong>-se amenizar o impacto da<br />

mudança procurando transformar o “novo” ambiente em algo mais<br />

familiar (<strong>de</strong>ixar o quarto o mais parecido possível com o <strong>de</strong> sua casa<br />

anterior, levar seus móveis, suas fotos, seus quadros). A família que<br />

vai recebê-lo <strong>de</strong>ve ser preparada para isso e enten<strong>de</strong>r que a fase <strong>de</strong><br />

adaptação não será fácil. Crianças e adolescentes têm <strong>de</strong> ser especialmente<br />

orienta<strong>dos</strong>, mostrando-lhes a importância do afeto e<br />

da compreensão <strong>de</strong>les no cuidado a<strong>de</strong>quado a ser dispensado<br />

ao i<strong>dos</strong>o com DA.<br />

Na ausência da opção <strong>de</strong> outra casa ou na indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>cuidadores</strong><br />

em período integral, a institucionalização <strong>de</strong>ve ser vista como<br />

uma opção a<strong>de</strong>quada.<br />

A colocação <strong>de</strong> um parente (pai, mãe, avô ou avó) em uma instituição<br />

para i<strong>dos</strong>os é ainda vista <strong>de</strong> forma pouco positiva em nossa socieda<strong>de</strong>.<br />

Essa postura é <strong>de</strong>corrente do histórico da maioria das instituições,<br />

em especial as relacionadas ao cuidado <strong>de</strong> doentes mentais.<br />

O panorama mudou muito e ten<strong>de</strong> a melhorar com rapi<strong>de</strong>z nos<br />

próximos anos.<br />

Instituições bem equipadas e com uma equipe a<strong>de</strong>quadamente<br />

preparada e treinada po<strong>de</strong>m ser um instrumento <strong>de</strong> cuidado muito<br />

útil tanto para a pessoa i<strong>dos</strong>a quanto para a preservação da unida<strong>de</strong><br />

familiar.<br />

Um filho preocupado em assistir seu parente doente da melhor forma<br />

possível, que não quer <strong>de</strong>ixá-lo <strong>de</strong>sprotegido a maior parte do dia,<br />

Como auxiliar a pessoa i<strong>dos</strong>a Com limitações Cognitivas<br />

mas não po<strong>de</strong> (por compromissos profissionais ou pessoais)<br />

estar a seu lado; que procurou informações sobre<br />

as instituições disponíveis e a<strong>de</strong>quadas para receber<br />

<strong>pessoas</strong> com esse tipo <strong>de</strong> doença; que visitou previamente<br />

as instalações da instituição escolhida; que visita<br />

seu parente regularmente e liga com frequência para a<br />

instituição para saber notícias não po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado<br />

negligente, ingrato ou “mau filho” porque internou seu<br />

parente i<strong>dos</strong>o com DA em uma instituição. Esse é um<br />

conceito que precisa ser modificado.<br />

Enquanto isso, a <strong>de</strong>cisão será sempre difícil, mas precisa<br />

ser encarada como realida<strong>de</strong>.<br />

Para transformar a casa em um ambiente seguro<br />

Se a opção da família é manter a pessoa i<strong>dos</strong>a com DA em sua casa<br />

ou na casa <strong>de</strong> algum parente, é necessário que algumas medidas <strong>de</strong><br />

segurança sejam provi<strong>de</strong>nciadas para evitar aci<strong>de</strong>ntes.<br />

Condições gerais <strong>de</strong> segurança<br />

Na impossibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> o i<strong>dos</strong>o com<br />

DA permanecer na<br />

própria casa ou<br />

na <strong>de</strong> um parente<br />

com <strong>cuidadores</strong> em<br />

período integral, a<br />

institucionalização<br />

<strong>de</strong>ve ser vista<br />

como uma opção<br />

a<strong>de</strong>quada.<br />

Com o avançar da doença, a pessoa i<strong>dos</strong>a torna-se cada vez menos<br />

capaz <strong>de</strong> cuidar <strong>de</strong> si sozinha e em segurança. Alguns princípios <strong>de</strong><br />

segurança gerais po<strong>de</strong>m ser úteis.<br />

1. Prevenção <strong>de</strong> riscos – É muito difícil antecipar o que uma pessoa<br />

com DA po<strong>de</strong> fazer. O fato <strong>de</strong> ainda não ter acontecido nada<br />

<strong>de</strong> grave não significa que não há motivo <strong>de</strong> preocupação, pois<br />

aci<strong>de</strong>ntes sempre po<strong>de</strong>m ocorrer. É recomendável fazer uma<br />

revisão da casa buscando controlar ou minimizar situações <strong>de</strong><br />

possível perigo.<br />

2. Adaptação do ambiente – Será mais fácil modificar o ambiente<br />

do que mudar a maioria <strong>dos</strong> comportamentos da pessoa doente.<br />

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