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Manual dos cuidadores de pessoas idosas - Secretaria de ...

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O envelhecimento<br />

não chega <strong>de</strong> uma<br />

só vez nem o faz<br />

<strong>de</strong> repente;<br />

acompanha-nos<br />

a cada dia,<br />

lentamente,<br />

durante toda a<br />

nossa existência.<br />

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<strong>Manual</strong> <strong>dos</strong> <strong>cuidadores</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoas</strong> i<strong>dos</strong>as<br />

familiar é cada vez menor e as mulheres trabalham fora; com isso, o<br />

i<strong>dos</strong>o mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, muitas vezes, permanece longos perío<strong>dos</strong><br />

sozinho, mesmo morando com outras <strong>pessoas</strong>. Quando ele fica doente<br />

e precisa <strong>de</strong> ajuda, nem sempre há um familiar disponível para<br />

ajudar e, para que seja cuidado a<strong>de</strong>quadamente, a família necessita<br />

da ajuda <strong>de</strong> um cuidador <strong>de</strong> fora.<br />

Esse cuidador começa, então, a ter um contato muito próximo<br />

com o i<strong>dos</strong>o e com sua família, reagindo <strong>de</strong> diferentes<br />

maneiras ao tipo <strong>de</strong> relações com que passa a conviver.<br />

No interior da família, cada um se mostra como realmente<br />

é e isso po<strong>de</strong> gerar situações agradáveis e <strong>de</strong>scontraídas<br />

ou momentos tensos e constrangedores. Não há como evitar<br />

um envolvimento com essas relações, porém é necessário<br />

que o cuidador entenda que essa é a família do i<strong>dos</strong>o e<br />

não a sua; ele participou e contribuiu <strong>de</strong> alguma forma para<br />

a construção <strong>de</strong>ssas relações. A pessoa i<strong>dos</strong>a, no interior <strong>de</strong><br />

Para comPreen<strong>de</strong>r o cuidado com a Pessoa i<strong>dos</strong>a<br />

sua família, po<strong>de</strong> ser valorizada, respeitada, amada e auxiliada <strong>de</strong> forma<br />

a<strong>de</strong>quada em suas necessida<strong>de</strong>s ou, então, rejeitada, tratada com<br />

indiferença ou hostilida<strong>de</strong> e tida como um “peso”. Essas atitu<strong>de</strong>s são<br />

em geral respostas à forma como as relações foram construídas ao<br />

longo da história da família.<br />

Não cabe ao cuidador “julgar” as atitu<strong>de</strong>s do i<strong>dos</strong>o ou <strong>de</strong> seus familiares,<br />

pois eles po<strong>de</strong>m ter valores muito diferentes <strong>dos</strong> seus. Ele <strong>de</strong>ve<br />

se esforçar para olhar para a situação da maneira mais neutra possível,<br />

tentando enten<strong>de</strong>r o que está acontecendo e por quê.<br />

Em suma, o ambiente domiciliar po<strong>de</strong> ser tanto harmonioso e tranquilo<br />

como conflituoso e <strong>de</strong>sarmonioso. Em certas situações, o cuidador<br />

po<strong>de</strong> até fazer algumas sugestões ou solicitar colaboração,<br />

buscando melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da pessoa i<strong>dos</strong>a, mas em<br />

nenhum momento <strong>de</strong>ve criar expectativas em relação ao que acredita<br />

ser a<strong>de</strong>quado para a vida do i<strong>dos</strong>o, esquecendo-se das reais possibilida<strong>de</strong>s<br />

afetivas <strong>de</strong>le e das <strong>pessoas</strong> com quem convive.<br />

Como se envelhece fisicamente?<br />

Nosso corpo vai envelhecendo dia a dia. O envelhecimento não chega<br />

<strong>de</strong> uma só vez nem o faz <strong>de</strong> repente; acompanha-nos a cada dia,<br />

lentamente, durante toda a nossa existência. Por essa razão, costumase<br />

dizer que ele é um processo natural da vida.<br />

Cada um <strong>de</strong> nós, no entanto, faz uma trajetória durante a vida e, assim,<br />

envelheceremos <strong>de</strong> maneira única, individual, pois as expe riências que<br />

vivenciamos dizem respeito a cada um <strong>de</strong> modo particular.<br />

O envelhecimento po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido como um processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste<br />

gradativo <strong>de</strong> todas as partes <strong>de</strong> nosso corpo, diminuindo, com o<br />

passar do tempo, nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação aos diferentes <strong>de</strong>safios<br />

ou situações. Tal diminuição está ligada a riscos progressivamen-<br />

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