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Manual dos cuidadores de pessoas idosas - Secretaria de ...

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<strong>Manual</strong> <strong>dos</strong> <strong>cuidadores</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoas</strong> i<strong>dos</strong>as<br />

sinta confortável e em segurança. Tranque portas e janelas que dão<br />

acesso à rua ou ao exterior da casa ou apartamento. Instale uma lâmpada<br />

noturna para que, ao acordar, ele consiga perceber o ambiente on<strong>de</strong><br />

está. Programe passeios mais longos, mas bem planeja<strong>dos</strong> e <strong>de</strong> preferência<br />

à tar<strong>de</strong>. Certifique-se <strong>de</strong> que ele esvaziou a bexiga antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>itar.<br />

Caso ele se levante e você não veja, ao perceber procure se aproximar<br />

<strong>de</strong>le com calma, <strong>de</strong> frente, olhando em seus olhos, falando <strong>de</strong>licadamente<br />

e lembrando a ele quem você é. Mostre-lhe que está escuro;<br />

não adianta dizer que “é noite”, pois isso talvez não tenha nenhum<br />

significado. Converse calmamente com ele e tente levá-lo <strong>de</strong> volta ao<br />

quarto. Caso ele insista em ficar acordado, proponha alguma ativida<strong>de</strong><br />

para entretê-lo.<br />

Reações catastróficas<br />

A pessoa com DA gradativamente vai per<strong>de</strong>ndo a noção <strong>de</strong> tempo e<br />

<strong>de</strong> espaço. Assim, ela po<strong>de</strong> não saber on<strong>de</strong> está, se é dia ou noite, que<br />

horas são etc. Isso a <strong>de</strong>ixa muito insegura e <strong>de</strong>sorientada. Ela po<strong>de</strong><br />

reagir <strong>de</strong>sproporcionalmente às situações apresentadas gritando, chorando,<br />

batendo o pé ou até se tornando agressiva. A agressivida<strong>de</strong><br />

verbal é mais frequente que a física. A pessoa com DA age assim<br />

porque não consegue a<strong>de</strong>quar sua reação à situação que vivencia. Vê<br />

ameaça e perigo on<strong>de</strong> não existem e apenas reage a essas sensações,<br />

que, para ela, são reais.<br />

O que fazer?<br />

Para o cuidador, são situações sempre difíceis <strong>de</strong> lidar, pois cansam,<br />

estressam e magoam. O cuidador sempre fica se perguntando o que<br />

fez para <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar essa situação. Muitas vezes não fez nada ou fez<br />

algo interpretado <strong>de</strong> modo ina<strong>de</strong>quado.<br />

Quando ocorrer esse tipo <strong>de</strong> situação, procure manter a calma e tente<br />

controlar o doente. Não grite com ele nem o segure com força, pois<br />

Como auxiliar a pessoa i<strong>dos</strong>a Com limitações Cognitivas<br />

ele po<strong>de</strong> se sentir ameaçado e agredido, o que só vai piorar o quadro.<br />

Não se afaste, fale com ele em tom normal, <strong>de</strong>vagar e com <strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za;<br />

se estiver chorando, console-o. Não tente argumentar ou racionalizar,<br />

nem procure se justificar, pois isso só piorará a situação.<br />

Se ele ficar agressivo, não tente segurá-lo, saia do seu alcance, mas<br />

<strong>de</strong>ixe que ele continue visualizando você. Aguar<strong>de</strong> a ira passar e,<br />

<strong>de</strong>pois, esqueça o ocorrido. Não tente conversar a respeito, isso não<br />

vai ajudar.<br />

Por mais difícil e ilógico que pareça, em geral há uma razão para o<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>amento <strong>de</strong>ssas situações. Procure <strong>de</strong>scobrir qual é para<br />

po<strong>de</strong>r evitá-la.<br />

Se isso acontecer em um ambiente público, não se estresse e não<br />

sinta vergonha. Procure afastar as <strong>pessoas</strong> e explique que o i<strong>dos</strong>o é<br />

portador <strong>de</strong> DA. Hoje em dia essa doença já é bastante conhecida e<br />

alguém po<strong>de</strong>rá ajudá-lo a conter a situação conversando com as <strong>pessoas</strong><br />

que porventura se aglomerem ao seu redor.<br />

Sair na rua e não saber voltar para casa<br />

O doente po<strong>de</strong> fugir <strong>de</strong> casa, caracterizando uma fuga,<br />

ou se per<strong>de</strong>r em um trajeto corriqueiro, caracterizando<br />

uma andança a esmo.<br />

As fugas geralmente ocorrem após alguma contrarieda<strong>de</strong><br />

ou por algum distúrbio <strong>de</strong> reconhecimento (o doente<br />

não reconhece a casa, a esposa e foge para encontrá-las).<br />

O vagar a esmo está ligado à <strong>de</strong>sorientação e à memória<br />

espacial. Ele sai, per<strong>de</strong>-se, não encontra o caminho <strong>de</strong><br />

volta, per<strong>de</strong> as referências e começa a vagar. Isso po<strong>de</strong><br />

ocorrer porque ele tenta chegar a um antigo en<strong>de</strong>reço.<br />

Por mais difícil e<br />

ilógico que pareça,<br />

em geral há uma<br />

razão para o<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>amento<br />

<strong>de</strong> reações<br />

catastróficas.<br />

Procure <strong>de</strong>scobrir<br />

qual é para po<strong>de</strong>r<br />

evitá-la.<br />

Essas fugas ou andanças po<strong>de</strong>m ser potencialmente perigosas, pois a<br />

pessoa po<strong>de</strong> andar longas distâncias e não conseguir pedir ajuda. Po<strong>de</strong><br />

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