Manual dos cuidadores de pessoas idosas - Secretaria de ...
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Pet Scan do cérebro <strong>de</strong> uma<br />
pessoa com DA.<br />
Pet Scan do cérebro <strong>de</strong> uma<br />
pessoa normal.<br />
140<br />
<strong>Manual</strong> <strong>dos</strong> <strong>cuidadores</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoas</strong> i<strong>dos</strong>as<br />
apenas o custo financeiro relacionado à doença, mas<br />
também o <strong>de</strong>sgaste físico e emocional para a família,<br />
para os amigos e para os <strong>cuidadores</strong> que acompanham<br />
a progressão da doença.<br />
O diagnóstico da doença é realizado por meio <strong>de</strong> exames<br />
<strong>de</strong> imagens, laboratoriais e do quadro clínico<br />
apresentado (principalmente queixas referidas pelo<br />
próprio i<strong>dos</strong>o e por seus familiares). Procura-se excluir<br />
qualquer outra doença que porventura esteja alterando<br />
a cognição. Assim, trata-se ainda <strong>de</strong> um diagnóstico<br />
<strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>.<br />
As primeiras queixas são sempre relacionadas à memória.<br />
A pessoa, por exemplo, esquece compromissos,<br />
on<strong>de</strong> colocou as chaves, os óculos, alimentos no fogo<br />
(mesmo com o cheiro <strong>de</strong> queimado não se lembra <strong>de</strong><br />
que os <strong>de</strong>ixou lá), reca<strong>dos</strong>, pagamento <strong>de</strong> contas, aniversários.<br />
Como muitas <strong>pessoas</strong>, sem a doença, também<br />
po<strong>de</strong>m apresentar parte ou muitos <strong>de</strong>sses “esquecimentos”,<br />
essa queixa não é valorizada pelo próprio<br />
i<strong>dos</strong>o ou por seus familiares. À medida que os esquecimentos<br />
vão se acentuando, po<strong>de</strong>m gerar quadros <strong>de</strong><br />
ansieda<strong>de</strong> ou <strong>de</strong>pressão.<br />
Esses sintomas vão se somando a outros, como dificulda<strong>de</strong><br />
em apren<strong>de</strong>r novas tarefas e lidar com outras que<br />
exijam raciocínio ou operações matemáticas. Tarefas<br />
que habitualmente eram executadas com facilida<strong>de</strong> começam<br />
a se tornar penosas. A pessoa po<strong>de</strong> apresentar<br />
dificulda<strong>de</strong>s em dizer o nome das coisas, como ver uma<br />
colher, saber para que serve, ser capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>screvê-la,<br />
mas não conseguir nominá-la (dizer, por exemplo:<br />
“Aquilo que usamos para tomar sopa”).<br />
Como auxiliar a pessoa i<strong>dos</strong>a Com limitações Cognitivas<br />
De modo geral, as primeiras ativida<strong>de</strong>s cujo <strong>de</strong>sempenho<br />
é comprometido pela doença são as mais complexas,<br />
como a administração <strong>de</strong> finanças, o uso <strong>de</strong> transporte<br />
público, dirigir um carro, fazer compras, preparar uma<br />
refeição. Em seguida, vêm as ativida<strong>de</strong>s que se costumava<br />
fazer (pequenos consertos domésticos, costura,<br />
bordado) e, posteriormente, as ativida<strong>de</strong>s mais simples,<br />
como vestir-se e banhar-se.<br />
As queixas apresentadas serão confirmadas por exames<br />
neuropsicológicos específicos para avaliar a memória, a<br />
linguagem, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cálculo, o raciocínio, o julgamento,<br />
entre outras habilida<strong>de</strong>s. O diagnóstico <strong>de</strong>finitivo,<br />
no entanto, só po<strong>de</strong> ser feito por biópsia cerebral<br />
ou autópsia. Isso normalmente não é feito; a biópsia,<br />
pelos riscos e por não trazer nenhum benefício ou modificação<br />
ao tratamento da pessoa, e a autópsia é feita<br />
apenas após o óbito (ajuda na pesquisa, mas não no<br />
tratamento).<br />
Toda queixa <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> memória está associada à<br />
presença da doença <strong>de</strong> Alzheimer?<br />
De modo geral,<br />
as primeiras<br />
ativida<strong>de</strong>s cujo<br />
<strong>de</strong>sempenho é<br />
comprometido pela<br />
doença são as mais<br />
complexas,<br />
seguidas das<br />
ativida<strong>de</strong>s que se<br />
costumava fazer e,<br />
posteriormente,<br />
as ativida<strong>de</strong>s mais<br />
simples.<br />
Não, embora quase todas as <strong>pessoas</strong> se preocupem com isso conforme<br />
avança a ida<strong>de</strong>. Com o envelhecimento, po<strong>de</strong>mos apresentar<br />
algumas falhas em nosso mecanismo <strong>de</strong> recordação, mas isso atinge<br />
informações recentes ou remotas. Algum tempo <strong>de</strong>pois, recordamos<br />
<strong>de</strong> forma espontânea aquilo que havíamos esquecido. Com muita<br />
frequência esses “esquecimentos” estão associa<strong>dos</strong> a distúrbios <strong>de</strong><br />
atenção. O incômodo provocado por eles é subjetivo, pois não<br />
chegam a interferir <strong>de</strong> modo significativo nas ativida<strong>de</strong>s e, em geral,<br />
só são percebi<strong>dos</strong> quando a pessoa se queixa.<br />
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