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Célia Aparecida Ferreira Tolentino - Faculdade de Filosofia e ...

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O FARMER CONTRA O JECA<br />

nesse mesmo ano <strong>de</strong> 58”. (BENEVIDES, 1989, p. 65). Informalmente receberia<br />

também o apoio do PR – Partido Republicano.<br />

Carvalho Pinto seria eleito com 48,6% dos votos contra 40,9% <strong>de</strong><br />

A<strong>de</strong>mar <strong>de</strong> Barros e 6,3% <strong>de</strong> Auro <strong>de</strong> Moura Andra<strong>de</strong>.<br />

A análise da distribuição dos votos por zonas eleitorais mostra que<br />

Adhemar <strong>de</strong> Barros per<strong>de</strong>ra para Carvalho Pinto em áreas rurais signifi cativas<br />

como Garça, Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte, Barretos, São José do Rio Preto,<br />

características regiões <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s proprieda<strong>de</strong>s e Botucatu e São Manoel, antigas<br />

áreas cafeicultoras e tradicionais redutos a<strong>de</strong>maristas. Em regiões urbanizadas,<br />

Carvalho Pinto venceria em Campinas, Santos, Piracicaba, Rio Claro, Ribeirão<br />

Preto, per<strong>de</strong>ndo em Santo André, São Bernardo e Guarulhos. Ou seja, o discurso<br />

progressista do velho chefe pessepista, provavelmente, repercutira mal nas<br />

áreas rurais do interior. Segundo Regina Sampaio (1982), a aliança <strong>de</strong> Adhemar<br />

com as forças <strong>de</strong> esquerda teria resultado pouco convincente e isso refl etira<br />

no afastamento do seu tradicional eleitorado, incomodado com os temas da<br />

campanha: reforma agrária, congelamento <strong>de</strong> preços, pela entrega dos Campos<br />

Elíseos às forças populares entre outros. Por outro lado, talvez fosse interessante<br />

não subestimar a força ascen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Jânio Quadros que sustentava politicamente<br />

a candidatura Carvalho Pinto.<br />

Para a composição do primeiro secretariado, o governador <strong>de</strong>fi niria<br />

que o critério <strong>de</strong> sua formação seria “dominantemente técnico, sem abstrair,<br />

entretanto, os indispensáveis aspectos políticos que um governo como o meu,<br />

<strong>de</strong> natureza apartidária, mas <strong>de</strong> base suprapartidária, não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sconhecer”.<br />

(CORREIO PAULISTANO, 12 out. 1958, p. 8). Herdaria, no entanto, quatro<br />

secretários da gestão janista: Francisco <strong>de</strong> Paula Vicente Azevedo, que ocuparia a<br />

Secretaria da Fazenda (industrial, membro da estirpe “quatrocentona” paulistana,<br />

conselheiro da Fe<strong>de</strong>ração e Centro das Indústrias <strong>de</strong> São Paulo); Briga<strong>de</strong>iro Faria<br />

Lima continuaria na Secretaria da Viação (<strong>de</strong> carreira militar, ex-combatente<br />

da II Guerra, ocupara cargo <strong>de</strong> direção na VASP antes <strong>de</strong>sta Secretaria); Paulo<br />

Marzagão permaneceria na Secretaria do Trabalho (bacharel em direito, ex-<br />

Delegado Regional do Trabalho e diretor da Hidrelétrica do Paranapanema); e<br />

Fauze Carlos, na pasta da Saú<strong>de</strong> (médico que, respon<strong>de</strong>ndo interinamente pela<br />

Secretaria, fora elevado a titular). Quatro novos secretários seriam nomeados<br />

pelo então governador: Queiróz Filho assumiria a Educação (Promotor Público<br />

Estadual, quadro renomado do PDC, <strong>de</strong>putado fe<strong>de</strong>ral que havia sido Secretário<br />

da Justiça <strong>de</strong> Jânio); Francisco José da Nova iria para a pasta da Segurança<br />

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