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Degradação de Substâncias de Relevância Ambiental por ...

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3.1 Introdução<br />

Os corantes alimentícios são substâncias que transmitem aos alimentos novas<br />

cores ou exaltam as que eles já possuem, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhorar o seu aspecto.<br />

Até meados do século XIX, a cor era obtida <strong>de</strong> fontes naturais, como extratos <strong>de</strong><br />

plantas, árvores, líquens ou insetos. Apenas em 1856, Henry Perkin sintetizou o<br />

primeiro corante. Des<strong>de</strong> então, um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> corantes é produzido e estes são<br />

usados nas indústrias alimentícias, têxtil, papel, cerâmica e outras. As pesquisas<br />

mostram que, atualmente, os corantes são extremamente comuns. Existem<br />

aproximadamente 10.000 tipos <strong>de</strong> corante. 112<br />

Na indústria alimentícia, a função dos corantes é “colorir” os alimentos, fazendo<br />

com que os produtos industrializados tenham uma aparência agradável e mais parecida<br />

com a dos produtos naturais, já que a cor e a aparência têm um papel im<strong>por</strong>tantíssimo<br />

na aceitação dos produtos pelo consumidor. Um refrigerante sabor laranja sem corantes<br />

ficaria com a aparência <strong>de</strong> água pura com gás, o que faria que parecesse mais artificial,<br />

dificultando sua aceitação. É inegável que uma bebida com sabor e cor <strong>de</strong> laranja é<br />

muito mais agradável <strong>de</strong> beber do que uma bebida incolor com gosto <strong>de</strong> laranja.<br />

Existem, entretanto, razões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m técnica para se colorir os alimentos 113 , <strong>de</strong>stacando-<br />

se as seguintes:<br />

• Restaurar a cor dos produtos cuja coloração natural foi afetada ou<br />

<strong>de</strong>struída durante o processamento.<br />

• Uniformizar a cor dos alimentos produzidos a partir <strong>de</strong> matérias-primas<br />

<strong>de</strong> origem diversa.<br />

• Conferir cor a alimentos incolores.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista da saú<strong>de</strong>, os corantes artificiais, em geral, não são<br />

recomendados, justificando seu uso quase que exclusivamente pelos aspectos comercial<br />

e tecnológico. A literatura científica é farta em apontar cuidados com a ingestão <strong>de</strong><br />

corantes sintéticos. As pesquisas, além <strong>de</strong> alertar sobre os limites <strong>de</strong> tolerância dos<br />

corantes permitidos, já subsidiaram a proibição <strong>de</strong> vários corantes sintéticos em muitos<br />

países. A publicação <strong>de</strong> estudos do Co<strong>de</strong>x Alimentarius, órgão ligado à Organização<br />

Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, já fundamentou o banimento <strong>de</strong> alguns corantes <strong>por</strong> ministérios da<br />

saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> todo o mundo, inclusive o brasileiro. Foram proibidos, <strong>por</strong> exemplo, o<br />

Amarelo Sólido, até então muito empregado em gelatinas; o laranja GGN, usado em pós<br />

para sorvetes; o Vermelho Sólido, para recheios e revestimentos <strong>de</strong> biscoitos; o Azul <strong>de</strong><br />

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