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Degradação de Substâncias de Relevância Ambiental por ...

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3.3.5.2.2 – Tratamento com NaClO<br />

O tratamento <strong>de</strong> uma solução aquosa do corante Ponceau 4R com NaClO<br />

promoveu sua <strong>de</strong>scoloração <strong>de</strong> forma rápida e intensa. Uma alíquota da mistura<br />

reacional foi retirada e analisada <strong>por</strong> ESI(-)-MS e o resultado é mostrado nas Figuras<br />

3.32a e 3.32b. Observa-se, neste espectro, a presença <strong>de</strong> íons <strong>de</strong> m/z 241/243, 179, 165,<br />

161, 97 (HSO4 - ) e 83/ 85. Os ânions <strong>de</strong> m/z 83/ 85 referem-se, provavelmente, à espécie<br />

ClSO - a qual, <strong>por</strong> sua vez, é sugerida ser formada a partir da interação entre radicais Cl•<br />

(formados in situ nestas condições) e os grupos SO3 ligados aos anéis aromáticos do<br />

corante e/ ou seus produtos <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação. Tal proposta será confirmada ou rejeitada<br />

pela análise do ESI(-)-MS/MS do ânion <strong>de</strong> m/z 83, o qual não foi obtido até o presente<br />

momento.<br />

A proposta para a <strong>de</strong>gradação <strong>de</strong>ste corante azo envolve, como etapa inicial, a<br />

formação <strong>de</strong> um intermediário dihidroxilado (Esquema 3.8) a partir da reação <strong>de</strong><br />

radicais hidroxila (gerados in situ nestas condições) com o grupamento azo do corante.<br />

A possível formação <strong>de</strong>ste intermediário, com a conseqüente quebra da ligação N=N,<br />

explica a <strong>de</strong>scoloração da solução observada. Com a liberação <strong>de</strong> duas moléculas <strong>de</strong> NO<br />

e uma molécula <strong>de</strong> H2, ocorre a formação dos ânions distônicos <strong>de</strong> m/z 206 e 150.5, os<br />

quais rapidamente participam <strong>de</strong> reações subseqüentes. De fato, no ESI(-)-MS da<br />

mistura reacional (Figuras 3.32a e 3.32b) observa-se ânions <strong>de</strong> m/z 241/ 243 claramente<br />

indicando a formação do produto 2l através do acoplamento do radical <strong>de</strong> m/z 206 com<br />

Cl•. Curiosamente, não se observou produtos monoclorados análogos (m/z 168/ 169)<br />

proveniente do radical <strong>de</strong> m/z 150.5. A estrutura para os ânions <strong>de</strong> m/z 161 (2k) e 165<br />

([2j – H] - ) foram sugeridas com base nos respectivos ESI(-)-MS/MS. Desta forma, a<br />

fragmentação do ânion <strong>de</strong> m/z 165 gerou os seguintes íons-produto: 121 (perda <strong>de</strong> CO2)<br />

e 77 (perda <strong>de</strong> duas moléculas <strong>de</strong> CO2). O ESI(-)-MS/MS do ânion <strong>de</strong> m/z 161 (Figura<br />

3.33) apresentou fragmentos com m/z maiores do que o íon precursor (m/z 250, 198,<br />

170) indicando que o mesmo possui duas cargas negativas. A interpretação completa<br />

para a fragmentação do ânion 2k encontra-se <strong>de</strong>scrita no Esquema 3.9. Deve-se ressaltar<br />

ainda que: (a) outras estruturas isoméricas também po<strong>de</strong>m ser atribuídas a tais ânions;<br />

(b) tais produtos (2j e 2k) são formados a partir <strong>de</strong> uma extensa <strong>de</strong>gradação da molécula<br />

do corante induzida <strong>por</strong> NaClO, um po<strong>de</strong>roso agente oxidante.<br />

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