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bastante propriedade na locução, o de linguagem corrente». (Vej. Reflexões sobre
a lingua portugueza, parte 2. a , pag. 106.)
FR. SEBASTIÃO DE PAIVA, Trinitario, Mestre de Theologia, e Pregador
geral na sua Ordem. Professou em 24 de Março de 1621.—Foi natural
de Lisboa, e m. a 9 de Septembro de 1659. — Ou por moda, ou por paixão,
mostrou-se defensor acerrimo dos Sebástianistas, fazendo a apologia d'esta
crença em escriptos, que, segundo Barbosa, ficaram inéditos, e se conservavam
no mosteiro da Trindade. É de suppor que ficassem de todo consumidos no
incêndio que reduziu a cinzas este convento, com as suas officinas e livraria,
ainda antes do terremoto de 1755. O que d'este auctor existe impresso é o
seguinte:
131) (C) Historia paraenetica dos doutores antigos. Lisboa, por Henrique
Valente de Oliveira, 1657. 8.° de vi-343 pag., havendo um salto na numeração
*tpje passa de pag. 176 a 178. Contém resumidas as vidas de Origenes, Tertulliano,
S. Cypriano, Sancto Athanasio, S. Gregorip Nazianzeno, Santo Ambrosio
e S. João ChrysoStomo.
Conservo dous exemplares d'este livro com rostos differentes. Um d'elles
tem, afora o frontispicio impresso, outro gravado'em chapa de metal. Aò segundo
falta esse rosto gravado; porém ha em seu logar um escudo d'armas,
egualmente de gravura, que no primeiro se não encontra.
132) (C) Jurídica Resposta a um papel anonymo manuscriptb, que contra
certas censuras apostólicas, proferidas em uma causa dos Religiosos da Sandissima
Trindade, se divulgou. Ibi, pelo mesmo impressor 1658. Foi. — É obra de
que não vi até agora exemplar algum.
SEBASTIÃO PHILIPPES MARTINS ESTACIO DA VEIGA, Official
da Sub-Inspecção geral dos Correios e Postas do Reino.—N. na cidade de
Tavira, no Algarve, a 6 de Maio de 1828, e foram seus pães José Agostinho
Estacio da Veiga, fidalgo da Casa Real, e D. Catharina Philippes Martins, ambos
de illustre prosapia, segundo consta de uns apontamentos genealogiços que
tenho presentes. Freqüentou os estudos secundários no Lycêo Nacional de Faro,
e foi por algum tempo alumno da Eschola Polytechnica de Lisboa.
Tem sido collaborador em alguns periódicos litterarios e políticos, e o é
desde 1859 na secção litteraria e noticiosa do jornal A Nação, bem como'nos
de Madrid La America e Revista Iherica. Collaborou egualmente na Encyclopedia
para o uso das Escholas (vej. no Diccionario, tomo v, n.° J, 1209), nas
•Notas á traducção dos Fastos de Ovidio pelo sr. Castilho (idem, no Supplemento),
e no Almanach de lembranças (idem, tomo i, n.° A, 214).
Tem para publicar:
133) Romanceiro do Algarve, cuja impressão ha sido por vezes aanunciada
em um volume de 8.°
134) Cancioneiro do Algarve, ou cantigas populares da minha terra.—Algumas
d'estas cantigas, que appareceram em folhetim non." da Nação,
(Julho de 1859?) deram logar a desabridas allusões da parte da redacção do
Archivo Universal, como pôde ver-se a pag. 16 e 30 do tomo n d'aquelle
semanário.
135) Memória sobre vários monumentos e antigüidades do Algarve.—A Rosa
do'Mosteiro, poemeto lyrico em quatro cantos.—Um volume de Poesias.—
A Cuptiva.de Saneta Cruz, drama histórico em cinco actos, etc.
SEBASTIÃO PIRES, de cuja pessoa apenas consta haver sido natural
da cidade do Porto, e que no anno de 1556 servia o officio de Feitor da Alfândega
da ilha do Faial. — E.
136) (C) Representação de gloriosos feitos, tirada do sagrado texto. Coimbra,
1557. 4."