Baixar - Brasiliana USP

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' 63) Ensaio historico-politico sobre a origem, progressos e merecimentos da
antipathia e reciproca aversão de alguns portuguezes europeus e brasileiros. Rio
de Janeiro, 1822. 4.°—Ainda não pude ver esta obra, bem como as seguintes.
64) Nova questão política: « Que vantagens resultarão aos reinos do Brasil
e de Portugal, se Conservarem uma união sincera, pacifica e leal?» Rio de
Janeiro, 1822. 4.°
65) Questão política: « Qual será a sorte dos reinos do Brasil e de Portugal,
no caso do rompimento de hostilidades?» Rio de Janeiro, 1822. 4.°
66) Memórias da campanha do senhor D. Pedro de Alcântara, ex-imperador
do Brasil, no reino de Portugal, com algumas noticias anteriores ao dia do
seu desembarque. Rio de Janeiro, Typ. Imper. e Const. de Seignot-Plancher
1833. 8.» 2 tomos.—Escreveu esta obra como testemunha, ocular, tendo assistido
no Porto durante a maior parte do cerco, até regressar d'ahi para o Brasil
em 1833. • B Í>
*^ 67) Itinerário do Rio de Janeiro ao Pará e Maranhão pelas províncias de
Minas-geraes e Goyaz, etc. Com quatro grandes mappas corographicos, e estampas
explicativas do texto. Rio de Janeiro, Typ. Imper. e Const. de J. Villeneuve
1836. .8.° 2 tomos. —O preço d'esta obra é de 12:000 réis no Brasil.
• 68) Repertório da Legislação militar actualmente em vigor no exercito e
armada do império do Brasil, etc. etc Rio de Janeiro, 1834 a 1842. 4.» 3 tomos.
Consta que deixara manuscriptas: Memórias políticas, militares e biographicas,
em um volume de folio, as quaes se conservam originaes na Bibliotheca
Fluminense, segundo se vê do respectivo Catalogo impresso: e bem assim
um Diccionario Militar inglez-portuguez, e portuguez-inglez, não de todo completo.
Os seus biographos lhe attribuem alguns outros escriptos, que parecem
diversos dos antecedentes, se não ha, como julgo, confusão ou duplicação ao
ihènos em parte dos títulos respectivos. Vej. na Revista trimensal o tomo xi, a
pag. 228 e 238.—E diz-se que ha também Memórias suas impressas no Auxiliador
da Industria Nacional, que até agora não tive possibilidade de ver.
RAYMUNDO JOSÉ DE SOUSA GAYOSO, Cavalleiro professo na Ordem
de Christo, Tenente-coronel do regimento de milícias de Caxias, na capitania,
hoje província do Maranhão, império do Brasil; Ajudante que foi do
Thesoureiro-mór do Real Erário em Lisboa, etc.—N. em Buenos-ayres, no anno
de 1747, sendo filho de João Henriques de Sousa, de quem fiz menção no Diccionario,
tomo III, pag. 384.—M. em 1813,'na ribeira de Itapicuru, freguezia
de N. S. dó Rosário.
Trasladarei o que a seu respeito se lê em uns breves apontamentos biographico-justificativos,
que acerca de sua pessoa me foram ha pouco enviados
do Brasil. Contém este documento particularidades assás curiosas e interessantes
para serem omittidas: porém o caracter de anonymo, com que me
chegou ás mãos, não permitte assumir eu próprio a responsabilidade de todos
os factos e incidentes que ahi se relatam, e que em parte podem, talvez, envolver
circumstancias desairosas para a fama e credito de terceiros. Transcrevendo-o
pois fiel e integralmente Satisfaço, quanto em mim cabe, ao desejo das
pessoas que taes apontamentos me forneceram; rectificando ao mesmo tempo
por estas informações o que possa dar-se de inexacto no que a respeito de João
Henriques de Sousa se disse, fundado em outras, no logar supracitado do Diccionario.
«Antes do seu falecimento, Raymundo José de Sousa Gayoso julgou dever
justificar-se para com seus filhos, provando a sua innocencia no extravio
de 1785 dos dinheiros do real erário, feito pelos fieis, e por cujo motivo elle
soffreu pena de degredo por cinco annos para o Maranhão, onde depois da
morte de seu pae, e da do príncipe D. José, seu protector, se deixou ficar, ca-