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se imprimia avulsa no formato de 4.°, e faz parte da collecção das peças chamadas
de cordel (vej. no Diccionario, tomo vi, pag. 286, n.**ll);'porém não sei
que haja fundamento plausível para tal persuasão.—A dita ecloga vem no
tomo ii das Poesias de Diniz, pag. 122.
76) Ecloga, recitada na conferência de 14 de Março de 1759, por occasiâo
das melhoras d'el-rei D. José depois do insulto de 3 de Septembro antecedente.
São interlocutores Elpino (Diniz), Tirse (Theotonio), e Siveno (Silvestre Gonçalves),
sendo de cada um d'elles a parte respectiva.—Vem no dito segundo
tomo, a pag. 148.
77) Idyllio recitado em conferência de 30 de Septembro de 1758, sendo
interlocutores Tirse e Elpino.—Dito volume, pag. 175.
78) Idyllio recitado na Arcadia, e que serve de continuação da primeira
ecloga acima descripta. Interlocutores, os mesmos. Tomo dito, pag. 184.
79) Idyllio ou ecloga recitada em 14 de Março de 1759, composta entre
Diniz, Theotonio, Feliciano e Silvestre. Ao segundo pertence a parte de «Thelgon».—Tomo
dito, pag. 197.
80) Dithyrambo, cantado na sessão da Arcadia, celebrada em casa do
Morgado da Oliveira em 20 de Janeiro de 1774, em applauso do Marquez de
Pombal.—Composto entre Diniz e Theotonio.—Vem no tomo m das Poesias
de Diniz, a pag. 57.
P. THEOTONIO JOSÉ, Jesuíta, auctor desconhecido de Barbosa, a cuja
Ribl. deve accrescentar-se o seu nome. Quanto ás circumstancias individuaes
que lhe dizem respeito, nada pude apurar, senão que vivera na primeira metade
do século passado, e fora missionário na índia. — E.
81) Compêndio da doutrina christã, ordenado na lingua bramana goana
para ensinar os meninos. Lisboa, na Offic. de Francisco Luis Ameno 1758.32,°?
Consta este compêndio de três capítulos, o primeiro contendo o texto das
orações e elementos da doutrina christã na referida lingua. O segundo e terceiro
são escriptos em portuguez, e tractam da explicação do nome, obrigação
e signal do christão, das virtudes theologaes, da graça de Deus, dos principaes
mysterios da fé, e ultimamente da disposição necessária para a confissão e communhâo
sacramentai. (Vej. a Introducção á Grammatica da lingua concani do
P. Thomás Estevam, pelo sr. Rivara, já por vezes citada, na pag. CLXV.)
* THEOTONIO JOSÉ DE OLIVEIRA VELHO, de quem fiz menção no
Diccionario, tomo i, pag. 209, como continuador ou addicionador do Diccionario
da lingua portugueza * de Antônio de Moraes Silva, e que fora também
(como se colíige de Baibi no Essai Statistique, tomo II) redactor do Diário das
Cortes constituintes em 1821, juntamente com Innocencio da Rocha Galvão
(Diccionario, tomo m, pag. 226). Empreguei inutilmente as diligencias possíveis
para haver mais noticias biographicas e litterarias d'este indivíduo, tanto
em Lisboa, como em Thomar, que me constou ser a terra da sua naturalidade,
soccorrendo-me para esse effeito dos bons officios e efficaz solicitude de algumas
pessoas, que costumam coadjuvar-me em sirnilhantes indagações. O sr. José
de Freitas Amorim Barbosa, de Santarém (Diccionario, tomo iv, pag. 356),
escreveu a este intento a um seu amigo residente em Thomar; porém sem resultado
satisfaclorio. Por intervenção do meu illustrado e prestavel consocio, o
sr. M. B. Lopes Fernandes, obtive comtudo alguns poucos esclarecimentos, que
se reduzem ao seguinte: « Theotonio José de Oliveira Velho era pharmaceutico,
estabelecido com botica em Thomar; e deveria ter nascido pelos annos de 1776
a 1778. No de 1818 veiu para Lisboa, onde foi pelo sr. Barão de Villa-nova de
Foz-côa admittido ao serviço do Contracto do Tabaco, e encarregado de correspondências
e fiscalisações. Tractando a casa dos srs. Borel, Borel & C." de
realisar a quarta edição do Diccionario de Moraes (que só veiu a imprimir-se
em 1831), e carecendo de pessoa que se encarregasse dè coordenar para esse fim