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de (SífKiiSíí *f+ RRE * RA > F°"? ad ° em Medicina pela Universidade
A ^ í oro as outras circumstancias pessoaes que lhe dizem resDeito
esó Pude verificar que exercia ainda em Lisboa a clinica em 1857-E P '
99) Arte de embalsamar os cadáveres. Lisboa, na Imp. Regia 1825. 4.°-
Opusculo de 3 folhas de impressão, do qual não encontrei até agora exemplar
100) Memória sobre a utilidade e uso medicinal dos banhos do Estoril, applicadosao
tratamento das affecções cutâneas, e de outras moléstias, etc. Lisboa,
Typ. de Vieira & Torres 1839. 4.° de 27 pag.-Sahiu com as iniciaes «V. J. F.»
VICENTE JOSÉ FERREIRA CARDOSO DA COSTA, Doutor na
Faculdade de Leis pela Universidade de Coimbra, Desembargador da Relação
do Porto, Correspondente da Academia Real das Sciencias de Lisboa, etc*—
W. na cidade da Bahia de todos os Sanctos, no Brasil, aos 5 de Abril de 1765,
e teve por pães o desembargador José Ferreira Cardoso da Costa (natural da
cidade do Porto) e D. Clara Joanna Teixeira Coelho. Terminados os estudos
primários, veiu continuar os secundários em Lisboa, nas aulas da Congregação
do Oratório, e no anno de 1779 partiu para Coimbra, matriculando-se em tempo
competente no curso jurídico, e tomando a final o grau de Doutor na sobredita
faculdade aos 22 de Julho de 1785. Propondo-se entrar na carreira do
magistério, obteve ser nomeado Oppositor, e como tal regeu extraordinariamente
uma cadeira no anno lectivo dè 1788 a 1789, tomando para assumpto
de suas lições o direito emphyteutico, e a jurisprudência portugueza dos morgadps
e da successâo nos bens da coroa.—Trocou depois a vida universitária
pela da magistratura, e passado algum tempo foi provido em um logar
de Desembargador da Belação do Porto por decreto de 25 de Maio de 1799,
e encarregado de varias commissões do serviço publico. Comprehendido em
1810 na denominada Septembrisada, isto é, preso e deportado com outros para
a ilha Terceira por ordem da Regência do reino, como suspeito de affeiçâo aos
francezes, ou tido por jacóbino, segundo a qualificação vulgar n'aquelle tempo,
foram inúteis as representações que dirigiu ao governo, pedindo ser processado
criminalmente, ou que se lhe levantasse o desterro. Conseguiu apenas, a
permissão de transferir-se da ilha Terceira para a de S. Miguel, onde possuía
alguns bens. Ahi casou em 20 de Maio de 1815 com D. Helena Victoria Machado
de Faria e Maia, senhora de família mui distincta e abastada entre as
d'aquella ilha. Veiu a Lisboaduas vezes trazido por negócios políticos, a primeira
em 1822, e segunda em 1826, fazendo d'esta vez annunciar a sua chegada
nos termos que podem ver-se na Gazeta de Lisboa, n.° 188, do referido
anno. Porém ficaram em qualquer d'ellas mallogradas as suas aspirações, não
conseguindo na direcção das cousas publicas a parte que sempre ambicionara.
Desgostoso recolheu-se a S. Miguel, e resignou-se em fim a viver no seio da
sua família, e a cuidar da administração e gerencia de sua casa, até que a morte
o levou aos 14 de Agosto de 1834, quando entrava nos 70 annos de edade.—
Na Livraria Clássica dos srs. Castilhos, tomo xxv, pag. 126, se escreveu com
evidente equivocaçà\> que elle falecera no desterro, e em Angra, sendo qualquer
das cousas inexacta.
Para a sua biographia politico-litteraria pôde ver-se um artigo assás desenvolvido
na Gazeta dos Tribunaes, n.° 701, de 18 de Abril de 1846, escripto
pelo conselheiro Antônio de Oliveira Amaral Machado (Diccionario, tomo i, n.°
A, 1173). D'elle transcreverei alguns períodos, em que o caracter e dotes do
doutor Cardoso da Costa me parecem bem definidos.
«Foi um jurisconsulto notável entre os do nosso paiz. Tinha talento, applicação
assídua, e memória feliz. Possuía um conhecimento profundo da, nossa
antiga e moderna jurisprudência, e de todos os ramos da sciencia que lhe sao
subsidiários. Tinha feito um estudo particular de todos os códigos da Europa,
e fazia d'elles uma comparação prompta e prodigiosa. Achava-se ao corrente